quarta-feira, 2 de março de 2022

GUERRA E PAZ: ERROS DE TODOS OS LADOS

 


A escalada belicista da Rússia sob o comando de Vladimir Putin é de uma brutalidade sem explicações mais racionais. Ademais, não existe racionalidade nas guerras, mas erros diplomáticos que deveriam evitá-las.

A primeira guerra foi um festival de erros que atolou a Europa numa escalada de violência sem precedentes na história e ainda provocou a ascensão do comunismo na Rússia, inventando os regimes totalitários, como o nazismo que viria depois.

Aliás, o próprio nazismo surgiria nos escombros da primeira guerra, reacendendo o nacionalismo alemão com a crise provocada pelo Tratado de Versalhes. E a escalada belicista de Hitler só foi possível, dentre outras coisas, pela miséria do povo alemão, e pela complacência das potências  vencedoras com a escalada belicista do nazismo. Também ninguém queria a guerra, com as lembranças terríveis da primeira, onde um verdadeiro exército de mutilados e miseráveis que pululavam em todo o continente europeu. Deu no que deu, com cerca de sessenta milhões de mortos muitos em campos de concentração e na utilização em massa do trabalho escravo, invenção do comunismo soviético, devidamente copiados e aperfeiçoados, digamos assim, pela brutalidade do regime nazista.

Depois da guerra, a guerra fria, quando foi criada a OTAN no bojo da guerra da Coréia, o mundo viveu sob a sombra de ameaças de destruição com a escalada nuclear envolvendo os EUA e aliados e a ex União Soviética, todos com poderes de destruição em massa para aniquilar toda a vida no planeta.

O Ocidente errou quando depois da guerra fria manteve ativa a OTAN com a dissolução da URSS. Pior, quando acenou com a entrada dos países que pertenciam à esfera soviética, como a Ucrânia, reacendendo os temores da guerra fria.

Já Putin é filhote da ex URSS e quer expandir ao máximo o império russo, desejo alimentado desde a época imperial, quando boa parte da intelligentsia russa almejava estes mesmos objetivos.

A Rússia, depois do debacle da URSS, manteve os gastos militares na estratosfera, fez reformas econômicas aliviando a miséria secular do seu povo, mas Putin é filhote da KGB, que só mudou de nome, e mantém os mesmos objetivos expansionistas desde o império, passando pelo totalitarismo comunista, quando depois da guerra a influência chegou e se consolidou da Europa oriental com seus terríveis satélites.

Agora com a invasão da Ucrânia o mundo se vê às portas de um conflito sem precedentes, e com terríveis ameaças de uma guerra nuclear, que afinal seria a última, pois resultaria na extinção da raça humana da terra, aliás, de quase toda a vida. Enfim, segundo especialistas, só sobrariam os insetos.

 De certa forma pelo andamento da carruagem, Putin já perdeu. Esperava ganhar a parada em alguns dias, mas a resistência tem sido feroz. Cada dia de guerra custa uma fortuna, cerca de 100 bilhões de reais, e deve ter alguém no establishment do exército e da política russa questionando a eficácia da invasão, assim espero. Além do crescimento do dissenso no país, afinal a Rússia vive uma ditadura brutal, aliás como todas as ditaduras. E no caso russo não se tem pão nem liberdade. Afinal o PIB russo é bem menor do que o do Brasil, e a fome e a miséria por lá é histórica. Gasta-se boa parcela do PIB com gastos militares, enfim o povo russo precisa mesmo é de paz e liberdade. E claro, comida no prato.

2 comentários:

  1. Esperamos mesmo que tenha alguém ou alguns dizendo para ele que não tem nada fácil na invasão a Ucrânia.Que pare e faça logo um acordo.

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