O Brasil cresce, tem atraído investimentos importantes no setor produtivo, e tem superávit nas contas correntes. Ou seja, apesar dos problemas institucionais que entravam o desenvolvimento, com uma complicada estrutura tributária e uma gigantesca e inútil burocracia , Brasil anda. Só que puxado pelas comodittes, produtos agropecuários e minerais. Como no passado, a agricultura e os minerais nos sustentam, sobretudo nestes tempos de ascensão chinesa aonde mais de quatrocentos milhões de bocas entraram no mercado nos últimos vinte anos, e com tendência de aumentar. Já no setor industrial, o Brasil vem se desindustrializando. Sobretudo no filé da nova industrialização, de materiais leves, conectados pela internet e agregados. Ainda mais observando-se a questão ambiental, sobretudo com a busca de novas fontes de energia. Em outras palavras, o Brasil fabrica produtos, digamos, mais da segunda revolução industrial, produtos de menor valor agregado, tecnologicamente falando. Ou seja, mais rudimentares, digamos assim.
Para reverter este quadro, faz-se necessário, fazer a educação do país funcionar. Se adequar a esta nova realidade de crescimento das forças produtivas como diria Marx. Sem educação ficaremos sem mão de obra e castrados em força criativa. Temos que fazer a educação realmente funcionar. Acabar de vez com a politicagem no setor, pagar bem aos professores, treinando-os, e sobretudo implementando a disciplina nas salas de aula, restituindo a autoridade, não só intelectual do professor, bem como a rigidez hierárquica que uma instituição de ensino precisa. Claro, que no bojo destas mudanças, cada vez mais serão usados novos instrumentos para a melhora da educação como a internet e a informática, sobretudo com o uso de novos equipamentos. O resto é conversa fiada. E entra ano e sai ano, e o professor é cobaia das mais díspares “novidades pedagógicas” de plantão, de pacotes de novidades vendidas a peso de ouro a governos que acreditam em mágicas no setor. Não existe mágica. Mas que se dê pelo menos continuidade àquilo que vem dando certo. Ademais as medidas serão para médio e longo prazos. Todo imediatismo é tolo na educação. Assim como a inércia. Do jeito que está, não vamos a lugar algum. Alguém duvida?
Já dizia o economista e sociólogo alemão Joseph Schumpeter, que as crises são momentos criativos no capitalismo. Novas formas de produção, bem como novos serviços surgem depois de um longo e duradouro processo de recriação das novas estruturas industriais, ou seja, novos realinhamentos industriais, recriando o capitalismo e os setores produtivos da sociedade. Se educação estaremos definitivamente fora