Isolada, sem apoio até do PT, Dilma poderá renunciar. Não terá mais nada a fazer a não ser pedir o boné. Mas será que ela se livra da justiça? Aliás, a justiça está atrás de Lula. Com provas consistentes ele pode enfim ser investigado, o que seria o infeliz fim do PT. Infeliz para o petismo, bom para o país.
O esquerdismo ficará a mercê de partidos stalinistas ou mesmo leninistas, a tentar fazer barulho, e permanecerem nanicos, ou seja, como sempre insignificantes.
A ainda presidente tentou dialogar com o congresso. Levou vaia da direita quando falou a favor da volta da CPMF, e nariz torcido do próprio PT quando falou da reforma, aliás necessária, da previdência. Enquanto isso justamente Lula está sendo paulatinamente desmoralizado. O mito rei dos pobres e redentor dos fracos e oprimidos, tem um agora inconfessável fraco pela vida burguesa nababesca. Uma vergonha, sobretudo para os que ainda se declaram socialistas.
Aliás, nossa esquerda sempre foi chique. Peroram diuturnamente sobre a pobreza alheia, mas se fartam do estado para arranjar suas eternas boquinhas. Por essas e outras não deixam de se apegar ao discurso estatista. São os eternos revolucionários da boca para fora. Menos mal. Mas essa gente precisa ser desmascarada, ou melhor ridicularizada.
Ademais, nunca vi um dito revolucionário querer ser operário num possível governo socialista. Todos querem mesmo é ser comissários, ou seja, ter exclusividade nas mordomias, e meter o pau, literalmente, no povo. Que não pode nem dar um pio. Por essas e outras nunca vi um esquerdista pátrio pelo menos querer morar em Cuba, como um cubano, claro.
Vamos ver o que acontecerá. A oposição é ruim demais. Pode haver a possibilidade de uma saída pelo alto, tipo Temer. Mas o povo quer mais. E as reformas necessárias apontam para uma radical reforma do estado e abertura econômica. Fora disso é mais do mesmo.
Vamos esperar para ver. Uma presidente fraca, sem mais apoio de ninguém, e uma classe política apodrecida e incompetente. A boa novidade seria enfim um candidato de direita. Mas quem sabe?
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