segunda-feira, 3 de agosto de 2015

REINALDO AZEVEDO - ROUBOS PAGARAM TÁXI AÉREO, REFORMAS E IMÓVEIS PARA DIRCEU - DE "BESOURO ROLA BOSTA" PARA 247 - A MÍDIA PETISTA SUSTENTADA PELA CORRUPÇÃO

De “besouro rola-bosta” para “247”

Não vou antecipar juízo nenhum. Até porque não sou juiz. Não sou tribunal. Mas eis que, aos poucos, as coisas vão entrando nos eixos, não é? Não se trata de justiça divina, não. Deus tem mais o que fazer do que cuidar desses assuntos.
Desde que o site “247” foi criado, sou um de seus mais permanentes alvos. Em títulos gigantescos, dada aquela estética muito peculiar, mereci a alcunha, entre outras grosserias inomináveis, de “besouro rola-bosta”. A área de comentários, que eles dizem não ter mediação, abriga todo tipo de baixaria. Nunca respondi. Nem vou. Vocês não merecem.
Não sou o único alvo, é claro! Há outros, como políticos e até ministros do Supremo que a publicação, que sempre recebeu farta publicidade oficial, considera inimigos do governo.
A Operação Lava-Jato flagrou transferência de recursos da Jamp Engenharia, empresa de fachada, para o site “247” a título de suposta verba publicitária. Segundo a Justiça, o dinheiro era oriundo de lavagem de dinheiro obtido da roubalheira na Petrobras.
O “besouro rola-bosta” não está tripudiando de ninguém. Se querem saber, isto é um lamento. Pelo “247”? Por Leonardo Attuchi? Não. A imprensa brasileira, mesmo nas suas manifestações mais periféricas , já havia superado essa fase. 
Por Reinaldo Azevedo

Desvios pagaram táxi aéreo, reformas e imóvel para Dirceu, diz delator

Por Graciliano Rocha, na Folha:
Responsável por aproximar a Engevix do PT, o lobista Milton Pascowitch diz ter pago despesas pessoais do ex-ministro José Dirceu e de parentes dele com dinheiro recolhido de contratos de fornecedores prestadores de serviços da Petrobras. Um dos favores do lobista foi a compra de um apartamento por R$ 500 mil para Camila Ramos de Oliveira e Silva, filha do petista. Os depoimentos e recibos de pagamentos feitos pelo lobista, que se tornou delator da Operação Lava Jato no final de junho, são os principais indícios de corrupção envolvendo o ex-número dois do governo Lula, que foi preso nesta segunda (3).
Entre as provas documentais contra o ex-ministro apresentadas pelo delator estão comprovantes de pagamentos pela Jamp Engenheiros Associados, empresa de Pascowitch, no valor de R$ 1 milhão, entre abril e dezembro de 2011, à empresa JD Assessoria e Consultoria Ltda, que pertence ao ex-ministro. Segundo Pascowitch, não houve prestação de serviços pelo ex-ministro à Jamp. Pascowitch também apresentou recibos de uma doação de R$ 1,3 milhão à arquiteta Daniela Fachini que seria referente à reforma da casa utilizada por Dirceu em Vinhedo (SP). O imóvel servia de residência ao ex-ministro antes de ele iniciar o cumprimento da pena do julgamento do mensalão na Papuda (DF).
A Jamp Engenheiros Associados, conforme o delator, também pagou pela reforma de apartamento localizado na rua Estado de Israel, em São Paulo, em nome do irmão de José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, que também foi preso nesta segunda. Os pagamentos somaram cerca de R$ 1 milhão à construtura Halembeck Engenharia.
Táxi aéreo
Parte dos pagamentos ocorreu também com a quitação de faturas da Flex Táxi Aéreo Ltda., que locava jatos com os quais o ex-ministro cruzou o país durante a campanha para se defender perante a militância petista à época em que era réu na ação penal 470, o julgamento do mensalão. De acordo com Pascowitch, o contrato firmado entre Jamp Engenheiros Associados e a JD Consultoria visava “cobrir o caixa” da firma do ex-ministro. Em geral, eram feitos pagamentos mensais entre R$ 80 mil e 90 mil que estavam lastreadas pelo contrato de prestação de serviços. O delator afirma ter recebido telefonemas do Luiz Eduardo Oliveira e Silva e de Roberto Marques –assessor do ex-ministro, também preso–, dizendo que não tinham como fechar o mês ou cobrir a folha de pagamentos da JD e então pediam adiantamentos dos pagamentos.
Conforme o lobista, certa vez houve pedido de R$ 400 mil para pagamento de um escritório de advocacia que atendia Dirceu. Os recursos pagos por meio da Jamp tinham origem na Engevix e se referiam a uma comissão pela participação da empreiteira na obra do projeto de Cacimbas 2, da Petrobras.
Terceirizadas
Uma das novidades trazidas nesta nova fase da Lava Jato, a partir dos depoimentos de Pascowitch, é a evidência de que o esquema de corrupção se estendeu por empresas que prestam serviços à Petrobras e ao governo, fora da área de engenharia. Ele citou contratos da estatal com a Hope Recursos Humanos (que terceiriza contratações), a Personal Service (serviços de limpeza) e a Consist (serviços de informática) com fontes de pagamentos de propina à empresa.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

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