Após retomar desta vez completamente o estado, as elites cleptocráticas se engalfinham pelos nacos de poder, e com alegria pela vitória mais uma vez e como sempre contra o povo, festejam a ampliação dos ministérios e dos poderes estatais, para, no linguajar esqueridta de sempre, promover a igualdade social. É sempre a mesma conversa, desde Lênin, passando por Stálin e Mao, de promover a justiça social, mesmo com a eliminação de milhões de pessoas, apenas um detalhe a ser apagado da história.
Só que, a tomada do poder se deu nos moldes gramscianos, não através de uma revolução avassaladora e imediata. Veio através da paulatina ocupação do estado desde os primórdios do regime militar positivista, onde a esquerda pacientemente tomou conta da cultura e da educação, com a devida ajuda dos próprios militares, que, incultos como sempre, desdenharam a cultura, e nada sabiam do gramscianismo. Seu guru intelectual o obtuso general Golbery do Couto e Silva, achava que a esquerda não violenta, ou seja a que não pegava em armas, seria inofensiva, e até ajudava esquerdistas promotores da cultura como Ênio Silveira dono da editora civilização brasileira, quando em apuros financeiros.
Quatro décadas depois de finda a ditadura, vemos o estado tomado por ladrões contumazes da república aliados dos esquerdistas que não escondem sua participação na corrupção, porém amparados na visão revolucionária ou seja o que isso lá fôr, que justifica em nome do partido e da tal revolução que nunca virá, tudo, em nome do partido e da revolução. Em poucas palavras, roubar, matar, esfolar até a mãe, é bom, desde que sirva aos propósitos revolucionários apregoados pelo partido. Isso é coisa antiga, basta ler Moral e Revolução, panfleto de Trotski, sobre o tema.
E, como sabemos, Stálin nos primórdios era assaltante de trem, mas roubava para o partido e para a revolução, então, um herói. Quando José Dirceu juntamente com José Genoíno ía para prisão por corrupção, ambos levantaram os braços com punhos cerrados, sinalizando que estavam servindo ao partido e a revolução, portanto praticado o bem, tudo em nome do futuro, o porvir socialista, que na verdade, tal qual a cenoura do burro, nunca vem. Antes pelo contrário, a história provou, o socialismo só trouxe genocídio e miséria, hoje só um analfabeto completo não sabe.
E o povo? Para essa gente que se diz iluminada, o povo não passa de massa de manobra, a não ser os militantes de sempre que ainda acreditam na ideologia do partido, porém essa gente está órfã de um discurso, perderam a narrativa. Afinal, antigamente a esquerda se pautava no proletariado , hoje nas chamadas minorias, gaysismo, feminismo, abortismo, racismo e o raio que o parta. É o mesmo discurso dos globalistas, os tecnocratas acadêmicos que querem implantar, digamos, um novo processo civilizatório, essencialmente anti cristão e que afronta cabalmente o saudável senso comum das massas por eles consideradas ignaras. É aí que surgiu o conservadorismo nativo, afinal o povo, mesmo desorganizadamente, acordou para a sua própria condição. Que Deus existe, que bandido bom é bandido morto, e que homem é homem, mulher é mulher, simples assim, desde os primórdios da humanidade.
Essa briga não vai acabar, enfim, e é bom que não acabe. O ressurgimento do movimento conservador veio para ficar, e é muito popular. Agora mesmo se tivéssemos um líder verdadeiramente revolucionário, tomaria facilmente o poder nos braços do povo. Claro, seria uma revolução pela tradição, uma contradição em termos. Mas é isso aí. Nossas elites não tem futuro, e a luta é longa, será uma questão de revolução permanente, como apregoava Trotski, porém para manter os valores da tradição, afinal o povão está mais do que certo, e é o que ainda presta no Brasil. Rezemos!
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