quinta-feira, 1 de março de 2018

Cansado de viver como um mito, Lula, corrupto condenado, vira piada Com Blog do Josias,


Cansado de viver como um mito, Lula, corrupto condenado, vira piada

Com Blog do Josias, UOL



Lula concedeu uma entrevista à Folha.Longa, ela se divide em duas partes. Nos trechos em que desconversa, Lula demonstra ser capaz de tudo. Mas revela-se incapaz de todo nos pedaços em que é convidado a dar explicações sobre seus confortos. Quem não quiser desperdiçar tempo pode se concentrar em duas passagens. Numa, Lula foge das perguntas sobre o sítio de Atibaia. Noutra, insinua que a força-tarefa da Lava Jato segue ordens de controladores americanos, instalados numa salinha obscura de um prédio qualquer de Washington.
Perguntou-se a Lula se a reforma que a Odebrecht fez no sítio de Atibaia não revelaria um relacionamento promíscuo entre um político e uma empreiteira. E ele: “Não. Esse é um outro tipo de processo. Não é o processo do qual estou sendo vítima.” A repórter deu uma segunda chance ao entrevistado: É uma pergunta que estou fazendo ao senhor, insistiu. Lula não se deu por achado:
“Essa pergunta eu espero que seja feita em juízo, pelo Moro. Porque primeiro disseram que o sítio era meu. Aí descobriram que ele tem dono. Então mudaram [para dizer que] me fizeram favor. Se fizeram, não me pediram. Eu fiquei sabendo desse sítio no dia 15 de janeiro de 2011.”
Ofereceu-se a Lula uma terceira chance de se defender. Por que empreiteiras tinham que reformar o sítio? E nada: “Quando eu for prestar depoimento, eu espero que essas sejam as perguntas que eles me façam.” A repórter não se deu por vencida. Estou fazendo a pergunta agora, ela disse. Esforço inútil: “Não, você não é juíza. Eu vou esperar o juiz. Porque se eu responder para você, o Moro vai fazer outras…”
Coube a Lula injetar os Estados Unidos na conversa. De repente, ele declarou: “Estou convencido de que os americanos estão por trás de tudo o que está acontecendo na Petrobras. Porque  interessa para eles o fim da lei que regula o petróleo, o fim da lei que regula a partilha. O Brasil descobriu a maior reserva de petróleo do mundo do século 21. E não se sabe se tem outra…”
Perguntou-se a Lula se ele faz uma conexão entre a trama supostamente urdida pelos americanos e o drama criminal que o assedia. “Faço”, disse ele, com sólida convicção. “Se estiver errado, vou viver para pedir desculpas”, acrescentou, abrindo uma ligeira brecha para a dúvida.
A repórter foi ao ponto: Acha que os procuradores da Lava Jato vão aos EUA e se reúnem com um mentor? “Eu acho”, declarou Lula. “Agora mesmo o Moro está lá, para receber um prêmio dessa Câmara de Comércio Brasil-EUA. Ele foi lá para ficar 14 dias. Eu já recebi prêmios. Você vai num dia e volta no mesmo dia.”
Como se vê, Lula escolheu viver num Brasil alternativo, onde nada aconteceu. Nesse país paralelo, Lula é uma inocente criatura a quem empreiteiras culpadas prestam favores monetários jamais solicitados. Tudo tramado num porão de Washington, nos arredores da Casa Branca, de onde nossos controladores mexem os cordões que movem os marionetes de Curitiba.
O fracasso subiu à cabeça de Lula. Pelo elevador do Tríplex. Cansado de viver como mito, o líder máximo do PT escolheu ser preso como piada. “Eu não tenho essa perspectiva nem de me matar nem de fugir do Brasil. E vou ficar aqui. Aqui eu nasci, aqui é o meu lugar. Eu não tenho medo de nada. Só de trair o povo desse país. É por isso que eu estou aqui, fazendo a minha guerra”, disse Lula a certa altura, como um Napoleão se descoroando, numa Waterloo particular.

4 comentários:

  1. Lula: Porque, veja, muita gente acha que sou contra a Lava Jato. Eu tenho orgulho de pertencer a um partido e um governo que criou os mais importantes instrumentos de apuração de corrupção e de lavagem de dinheiro nesse país. Não foi ninguém de direita, não. Fomos nós. A começar pelo meu companheiro Márcio Thomaz Bastos, depois Tarso Genro, depois a Dilma seguiu em frente com o Zé Eduardo Cardoso. Nós criamos todos os instrumentos e não criamos pra nos proteger, criamos pra nos fiscalizar . E isso nós fizemos imaginando que a Justiça iria fazer as coisas acontecerem corretamente. E o que virou a Lava Jato? A Lava Jato virou refém da imprensa e a imprensa virou refém da Lava Jato. Você cria um processo de contar histórias, e uma parte da imprensa transforma mesmo que seja mentira aquela história em verdade no imaginário da opinião pública. Aí vai da Polícia Federal pro Ministério Público e depois pro juiz e vai construindo. Por isso que quando fui prestar depoimento pro Moro eu disse “você não tem como me absolver, você tá comprometido”. Porque é uma mão de duas vias. Eu acho que esse país tem que acabar com a corrupção. Mas o que que eles fizeram? Eu não concordo. Eu quando criei a delação premiada não era pra ficar com um cara preso três anos obrigando o cara a dizer o que eles querem. Não é pra construir discurso pro cara. Você viu o depoimento do cara da Odebrecht? Que o cara falou que foi chamado pra contar uma história. Mas que história? Onde é que estamos vivendo?

    Jornalista: A questão de corrupção no governo, eu estava vendo aqui no Datafolha, 54% acham que o senhor sabia e deixou ter corrupção, 29% acham que o senhor sabia e não podia fazer nada. Ou seja tem muito eleitor seu aqui, provavelmente. O que o senhor diz pra essas pessoas? Era possível não saber?

    Lula: É possível eu não saber até hoje. Mônica, você tem filhos? Você sabe o que ele está fazendo agora? Quando você tá na cozinha e ele tá no quarto você sabe o que ele está fazendo? Esses dias me contaram uma história. Teve uma decisão judicial importante sobre uns juízes vendendo sentença. Sabe qual foi a decisão desse julgamento? O juiz não é obrigado a saber o que está acontecendo do lado da sua sala. Ninguém é colocado no governo pra roubar. Ninguém traz na testa “eu sou ladrão”. Há um critério eu diria até rigoroso, sobretudo pra funcionários que são públicos, de carreira. Há um critério. Você pensa que é fácil indicar alguém pra Petrobras? Pro Banco do Brasil? Eles passam pelo critério, passam pelo Gabinete Institucional. Vai investigar se o cara tem passagem pela polícia. O cara quando é indicado a um corpo diretivo o cara é indicado porque não tem nada contra ele. Eu vi o depoimento do Barusco outro dia. É vergonhoso. Ele fala que desde 96 ele tinha esquema de levar dinheiro, que assinava um monte de coisa… Mas por que quando você foi fazer seu relatório você começou só em 2003? Porque era preciso pegar só o PT. O que é engraçado é que isso não tem destaque nenhum na imprensa, é como se isso não existisse. Eu tenho orgulho, se você pegar o histórico do nosso partido, nós tiramos o carpete da sala. Não tem tapete. Só tem um jeito de você não ter problema, é sendo honesto. o que eu acho grave é que quando você cria uma instituição e dá força pra ela, se você pegar não tô falando isso de hoje, se você pegar o discurso na posse do Gurgel, eu digo: “o Ministério Público é uma instituição tão forte que os componentes do MP tem que ter mais responsabilidade”.

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  2. Lula: Mônica, eu vejo alguns pronunciamentos muito equivocados. Veja eu fui candidato muitas vezes e perdi. Perdi em 89, 94, 98. Você nunca me viu protestar. Quem ganhou leva, eu posso não gostar. Quem ganhou, leva e governa. E eu vou ter que me preparar. O que é engraçado é que num sistema presidencialista, e em vários lugares do mundo, com exceção dos países em que você tem um bipartidarismo, você é obrigado a compor. Quem ganhar terá obrigatoriamente que construir uma maioria pra governar se não, não governa. Quando vejo alguns companheiros dizendo que não gostam do PMDB, o problema não é o PMDB. O problema são os partidos intermediários. É uma somatória de partidos, que juntos fazem parte de uma maioria. E que são pessoas que não tem candidatura a presidente. São pessoas que não querem o poder, mas como eles são aliados nessa eleição, quem ganhar vai ter que conversar com eles.

    Jornalista: Quando falo em maioria digo na sociedade mesmo. Nos grupos de poder. O Fernando Henrique fez essa maioria, o senhor fez. Vocês governaram, os outros não. Vai dar pro próximo presidente?

    Lula: Então, mas bote na cabeça que quem foi eleito é bandido e quem votou é honesto. A cara do congresso nacional é a cara política da sociedade no dia da votação.

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  3. Jornalista: Quem o senhor acha que vai estar na reta final competindo? Além do PT?

    Lula: Eu que entendo um pouco de política, vou dizer pra você uma coisa. Eu acho que a disputa deverá ser outra vez entre tucanos e o PT. Eu acho. Pelo peso da máquina, pelo peso da história. É pouco provável o surgimento de uma coisa nova. Eu acho extraordinário o Boulos ser candidato, a Manuela D’Ávila…Pra democracia brasileira é uma coisa extraordinária gente nova entrando na política. Agora, eleição presidencial é uma coisa complicada num país do tamanho do Brasil. A única coisa que eu espero é que a gente tenha responsabilidade, que eu acho que o Aécio não teve, porque ele foi um dos protagonistas do ódio nesse país. Eu disputei campanha com o Serra e com o Alckmin. O Alckmin foi um pouco mais agressivo, mas você vê na cara dele que quando ele está sendo mais agressivo ele tá fazendo tipo, porque ele não tem cara de ser agressivo. Você percebe que eu debati com todo mundo. Não tenho nenhum problema de conviver. Perdi, perdi, tudo bem. A gente tem que aprender que democracia é alternância de poder. O que assustou o tucanos é que eles imaginavam um projeto de 20 anos de PSDB. Aí entra o PT, o Lula ganha, se reelege, elege a Dilma, reelege a Dilma… Aí começou a paúra: “o Lula vai voltar”. A única explicação que eu encontro pra essa maluquice dessa rejeição ao PT eu acho que é a ascensão social que as pessoas mais humildes tiveram nesse país. Eu lembro que muita gente dizia que não podia ir no aeroporto porque tava parecendo rodoviária. Tem gente que preferia o aeroporto sempre vazio. Tem gente que fala que eu enchi o rua de carro. Porque a gente vendia 1,5 milhão de carros por ano e passamos a vender 3,8 milhões.

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