Esta semana fui matricular minha filha numa escola pública, quando o funcionário, rapaz competente por sinal, me fez a última pergunta. Qual a cor da sua filha? Ela é branca, suponho, pois minha família é de caboclos, e da mãe dela de índios, misturados com remanescentes de italianos radicados no sertão, assim ouvi relatos.
Minha família paterna é de caboclos e índios, e eu tive uma bisavó negra, assim relatou um querido primo avô, Noé Resende. Do lado de minha mãe, um bisavô caboclo, e uma mulher branca, filha bastarda de um rico latifundiário que a presenteou com dois engenhos, em Macaparana, mata norte do estado. Meu avô materno, de família de comerciantes remanescentes de espanhóis e portugueses. Ou seja, tá tudo misturado, viva a miscigenação. E quanto mais mistura, melhor. Gilberto Freyre e Darcy Ribeiro, dentre muitos exaltaram a nossa miscigenação, que foi sobretudo cultural.
Diante da pergunta sinto a merda de país que estamos. Um país chato e que desrespeita sua formação histórica. Somos miscigenados porque este foi o processo de nossa formação como nação, digamos assim. Leis contra o racismo existem e são duras, o que ninguém discorda. Mas o que está havendo é um racismo ao contrário. Isto levado pelos chamados movimentos negros, de orientação comunista, que interpreta a miscigenação como uma afronta ao que seria um purismo racial negro. E que a miscigenação sendo cultural, tenderia a sufocar a cultura negra genuína. Estas pessoas deviam ser presas, por pregar a segregação e o ódio racial, num país que tem cerca de 4% de negros, a grande maioria mestiços.
A respeito, na universidade federal do Pará, terra de índios e remanescentes, tem um questionário das chamadas cotas, parecido com os manuais do nazismo. Ou seja, o conceito ultrapassado de raça está de volta. Promovido pelos comunistas, ora bolas. Esse povo ainda se acha progressista. Pode?
O certo é afinal consertar a educação, mudando tudo que está aí. Voltar o bom e eficiente método fonético, e acabar com o Ministério da Educação. Que os impostos e a educação fiquem a encargo dos estados e municípios. O governo Federal pode entrar com a avaliação. Mas isso é outra conversa. Enquanto isso a educação não funciona, e bilhões são desperdiçados. E o que é o pior: Milhões , sobretudo os mais pobres, são as principais vítimas. E o país patina pela falta de mão de obra especializada. é isso aí. A burrice nacional impera. Até quando?
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