Diante do descalabro moral da república, avança a candidatura do conservador Bolsonaro. Ele prega o óbvio. Ordem, dureza com a bandidagem, reforma radical da educação com o banimento definitivo do chamado sócio construtivismo, defesa da propriedade e dos reais interesses nacionais. E não é corrupto, em quase três décadas de parlamento. E prega uma radical reforma do estado e da política.
É tachado pela mídia, esmagadoramente esquerdista, de radical de direita. Engraçado é que ninguém fala em esquerda radical, em se tratando de partidos como o PC do B, PSOL, PCO, e té o PT, mesmo inteiramente corroído pela bandidagem. Basta um candidato da direita conservadora, para chamarem de direita radical. Na mentalidade capciosa dessa gente, a direita que vale é a patrimonialista, ou mesmo liberal, que se contentam com o clientelismo de estado e alguma liberalização da economia. Direita conservadora não pode, pois ataca os cânones ideológicos da esquerda acadêmica e globalista, como nas questões da ideologia de gênero, e os arautos da chamada diversidade cultural, onde tudo é mais do que relativo.
O problema da direita é organização e ocupação de espaços. Ou seja, de organização no seio da sociedade. Igrejas, sindicatos, diretórios estudantis, judiciário, estão há décadas aparelhadas pelas esquerdas. E sobretudo a mídia, agora abalada pelas redes sociais. Aliás, Bolsonaro cresce contra a mídia tradicional e nas redes sociais. Por isso tem condições de ampliar seu cativo eleitorado, com a aparição nas mídias tradicionais, que muitos desconectados não tem acesso, e que são mais conservadores, ou seja os mais pobres. Que querem ter direito a uma arma para defenderem suas famílias e propriedades da bandidagem cada vez mais impune.
É isso aí. Enquanto muitos procuram o tal Macron brasileiro, Bolsonaro cresce e aparece. Ontem mesmo marcou um bom tento, ao anunciar um liberal e competente quadro nacional o economista, ligado ao Instituto Millênium, Paulo Guedes, para ministro da fazenda. O mercado adorou, claro, pois precisamos de capitalismo, e de uma ampla reforma do estado com as privatizações mais do que necessárias.
Enquanto isso a esquerda já procura se reagrupar, visando o período pós PT. Já se encontram esquerdistas dos mais variados naipes buscando alternativas mil. Estão certos. Sabem se organizar. A direita é que precisa ainda nascer. Foi aniquilada por cerca de três décadas de esquerdismo. Aliás, desde a cassação de Carlos Lacerda pelos militares, que a direita vem perdendo espaço. Agora renasce. Bom para o Brasil.
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