sábado, 20 de junho de 2015

A festa junina do meu filho


Eu, Mario, fui à festa junina da escola do meu filho mais novo. Na apresentação da sua série, a quarta, mas também das outras, as crianças não dançaram nem cantaram as antigas e singelas músicas de São João, pertencentes ao folclore do interior do estado de São Paulo e de parte de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de Janeiro -- a região de tradição caipira.
Os pais assistiram a uma mixórdia que celebrava a Folia de Reis (uma festa de janeiro), o caboclo "conclamado na Umbanda" ("Sou Pataxó, Sou Xavante, Cariri..."), a tanajura associada à Branca de Neve (sim, você leu certo), um pouco de Cuca e Boi da Cara Preta (vá lá), "o Moisés na Palestina", os bandidos Corisco e Lampião e o fanático Antônio Conselheiro.
O esquerdismo multicultural sequestrou São João e transformou a festa junina do meu filho num troço abilolado. O stalinismo era mais coerente.
Eu poderia estar abrindo o Mar Vermelho, mas
estou na quadrilha da escola do filho do Mario

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