Pretendo fazer
uma pergunta: Para que serve o ministério da cultura? Para cuidar e promover o
patrimônio cultural público, ou promover festas de cultura de massas e filmes
de diretores fracassados?
Evidentemente
esta questão não vem do governo petista.
Sejamos justos, embora os petistas tenham piorado drasticamente a questão. A
politica de cultura desde há tempos vem na mesma direção. Um fiasco total e a
mais completa privatização, pelos vigaristas de plantão, do dinheiro público,
isto é, o nosso.
Li um ótimo artigo do jornalista J. F. Guzzo
da veja sobre o descalabro do patrimônio
público nacional. Museus em pandarecos, bibliotecas raras e completamente
desestruturadas, prédios históricos destruídos pelo tempo, uma vergonha, sítios
arqueológicos abandonados e depredados,
um crime de lesa pátria.
Porém quero
chegar ao ponto central: Deveria ser proibido o financiamento pelo poder
público de todas as festas referentes à chamada cultura de massas. Como disse
certa vez Paulo Francis, “ A VOZ DO POVO É A VOZ DA IMBECILIDADE”. Festas
populares deveriam ser financiadas pala iniciativa privada. O governo deveria
cuidar dos museus, parques arqueológicos e prédios históricos, inclusive em
parceria com a iniciativa privada. Quem quiser ir para festas se rebolar e
namorar, que pague. E que o velho e bom mercado tome conta.
Quem for bom fica. Quem não prestar, que fique
chupando o dedo. Para que filme sem
público? O governo deveria incentivar só a produção de documentários ou filmes
educativos, e de uma forma terceirizada. O que tem de espertalhão se fazendo de
artista e ganhando do estado não é brincadeira. Artistas falidos e em decadência, políticos
fazendo demagogia com as ditas festas populares, posando de “patrocinadores” da
cultura popular, faturando com o populacho e roubando e muito.
O estado
deveria se preocupar em fazer bibliotecas em todas as cidades, interligadas com
o que existe de melhor em termos de tecnologia informática, servindo de suporte
às escolas e a população em geral. Incentivar a criação e difusão de música nas
escolas, DESVINCULADAS das músicas da chamada cultura de massa. As prefeituras
idem. O QUE SE GASTA, OU SE JOGA FORA DE RECURSOS PÚBLICOS NÃO É
BRINCADEIRA. QUANTOS BILHÕES POR ANO?
É o que
podemos chamar de populismo cultural. Ou
pseudo cultural. Por outro lado deveriam ser incentivadas pelos municípios e
pela iniciativa privada orquestras
musicais, aonde se formariam diversas gerações de músicos de todas as
tendências.
Paulo Francis
, desde a finada EMBRAFILME, já metia o pau nessa corja de ladrões. Cineastas
de filme ruins, zero de público, comprando apartamentos na av. Vieira Souto em
Copacabana, e outros luxos burgueses às custas do estado. Isto desde a ditadura.
Claro, no caso, uma “burguesia” formada em roubar o estado e ainda posar de artistas. Aliás, quem
aguentava ver um filme dirigido por um Cacá Diegues? Ou mesmo por Arnaldo
Jabor? Aliás, quem hoje aguenta ver um filme de Gláuber Rocha, uma das vacas
sagradas do cinema nacional, segundo os críticos, os sabidos de plantão?
Ainda hoje é
mais divertido ver os ingênuos filmes da ATLÂNTIDA ou mesmo DO ESTÚDIO VERA
CRUZ do que os filmes patrocinados pela extinta Embrafilme. Estes estúdios,
foram, digamos, o germe do cinema popular nacional, cuja melhor especialidade é
a comédia. Filmes baratos e populares, que rendam dinheiro. Como no cinema
americano, que comporta também excelentes filmes além do besteirol habitual.
Estarei errado? Quem se habilita ver um
filme de Arnaldo Jabor? Ou de outras nulidades dos festivais nacionais?
Aliás, a globo
já vem produzindo alguns filmes populares nacionais, como os filmes da
turma de Guel Arraes, ou coisas do gênero. E o caminho tem que ser por aí.
Basta de jogar nosso dinheiro fora. Estarei errado? Quem não tem competência
não se estabelece.
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