quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A MORTE DE EDUARDO CAMPOS: O pesar de Dilma, Aécio Neves, FHC, Michel Temer e vários outros políticos e autoridades


A MORTE DE EDUARDO CAMPOS: O pesar de Dilma, Aécio Neves, FHC, Michel Temer e vários outros políticos e autoridades

Eduardo Campos (PSB), candidato à Presidência da República, durante entrevista ao 'Jornal Nacional' (Foto: Reprodução/TV Globo/VEJA)
Eduardo Campos (PSB), candidato à Presidência da República, durante entrevista ao ‘Jornal Nacional’ (Foto: Reprodução/TV Globo/VEJA)
Após a notícia do falecimento do candidato à Presidência Eduardo Campos, decorrente de um acidente aéreo, nesta quarta-feira, várias figuras públicas se pronunciaram em solidariedade à família e lamentaram a perda do político. Vejam algumas das declarações:
“Quero pedir a Deus que sustente a Renata, ao Zé, ao João, a Duda, o Pedro, o pequenino Miguel e a todos os familiares e companheiros de Eduardo Campos. Essa é, sem sombra de dúvidas, uma tragédia, que nos impõe uma profunda tristeza. Sei que todos os brasileiros estão compartilhando com cada um de nós. Durante esses dez meses de convivência, aprendi a admirá-lo, a respeitá-lo e a confiar em seus ideais de vida. (…) A imagem que quero guardar dele foi da nossa despedida de ontem. Cheio de alegria, cheio de sonhos, cheio de compromissos. É com esse espírito que peço a Deus que possa sustentar sua família, consolar sua família e também a todos nós”, disse.  - Marina Silva, candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos
“Nesse momento de dor profunda, meus sentimentos estão com Renata, companheira de toda uma vida, e com os seus amados filhos. Estou tristíssima. Estivemos juntos, pela última vez, no enterro do nosso querido Ariano Suassuna. Conversamos como amigos. Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência” - Dilma Rousseff, presidente da República
“O Brasil perde um dos seus mais talentosos políticos, que sempre lutou com idealismo por aquilo em que acreditava. A perda é irreparável e incompreensível. Nesse momento, minha família e eu nos unimos em oração à família de Eduardo, seus amigos e a milhões de brasileiros que, com certeza, partilham a mesma perplexidade e pesar. (…)
O acidente que nos levou Eduardo Campos causou perdas irreparáveis a outras seis famílias: meu amigo e ex-colega de Câmara, Pedrinho Valadares, o jornalista Carlos Augusto Leal Filho, o fotógrafo Alexandre Severo Gomes e Silva, o cinegrafista Marcelo de Oliveira Lyra e os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins. Todos estavam trabalhando e lutando por um Brasil melhor. Minhas orações e solidariedade aos familiares, nessa hora tão difícil.” - Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República
“Diante dos fatos que arrancaram a vida de Eduardo Campos, de alguns de seus colaboradores e dos pilotos, minha primeira reação é simplesmente emocional: que tragédia. Volto-me para os familiares: não há palavras que amenizem as perdas. Ainda assim, expresso minhas condolências, meus sentimentos de tristeza e de pesar.
Quanto ao Eduardo, por quem sempre manifestei respeito, a perda maior é do país. No momento em que nós precisamos de líderes jovens e competentes, perdemos um dos melhores. Sua carreira nacional apenas se iniciava. Fosse ou não eleito, seria um líder para a renovação política que tanto necessitamos. É uma perda irreparável” - Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República
“Como todos os brasileiros, estou profundamente entristecido com a trágica morte de Eduardo Campos. Um grande amigo e companheiro. Conheci Eduardo através de seu avô, Miguel Arraes, um memorável líder das causas populares de Pernambuco e do Brasil. O país perde um homem público de rara e extraordinária qualidade. Tive a alegria de contar com sua inteligência e dedicação nos anos em que foi nosso ministro de Ciência e Tecnologia.
Ao longo de toda sua vida, Eduardo lutou para tornar o Brasil um país mais justo e digno. O carinho, o respeito e a admiração mútua sempre estiveram presentes em nossa convivência. Nesse momento de dor, eu e Marisa nos solidarizamos com sua mãe, Ana Arraes, sua esposa, Renata, seus filhos e toda a sua família, amigos e companheiros. Também prestamos solidariedade às famílias dos integrantes da sua equipe e dos tripulantes que falecerem nesse terrível acidente” - Lula, ex-presidente da República
“Não há palavras para descrever a tragédia que hoje se abateu sobre a política brasileira. Eduardo Campos era um político de princípios e valores herdados de sua família e levados com dignidade e honra por toda sua trajetória no Parlamento e no Executivo. Assim como todo o país, estou chocado com esse acidente e com as perdas para amigos e familiares. Que Deus dê conforto a seus filhos, a sua mãe, familiares e a tantos admiradores que deixou órfãos neste triste dia” - Michel Temer, vice-presidente da República
“Uma tragédia que entristeceu todo o nosso país. Em nome da população de São Paulo, eu gostaria de transmitir os nossos sentimentos a todos os familiares de todas as pessoas que perderam a vida neste acidente. O Brasil, com Eduardo Campos, infelizmente perdeu uma liderança, um jovem promissor e que tinha muito a contribuir com o nosso país. E eu perco um amigo” - Geraldo Alckmin, governador de São Paulo
“O Partido dos Trabalhadores está de luto. Lamentamos profundamente a trágica morte do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, e dos outros ocupantes do avião que se acidentou hoje em Santos. Campos deixa um grande vazio na política brasileira. Seu partido, o PSB, sempre foi um aliado do PT e, juntos, construímos um país melhor e socialmente mais justo” - Rui Falcão, presidente do PT
“É um dos momentos mais difíceis da minha vida. Perdi um amigo e um líder. Quero levar minha palavra de solidariedade. É um momento de muita tristeza. Construímos uma amizade firme e de muita solidariedade e cumplicidade. A vida de Eduardo Campos é um exemplo de coragem e de compromisso com Pernambuco e principalmente com os mais pobres. Coincidentemente nesta mesma data também perdemos o seu avô e grande amigo, Miguel Arraes. Acima de tudo, Eduardo Campos lutou em defesa do povo brasileiro e de Pernambuco, principalmente os mais necessitados” - João Lyra Neto, governador de Pernambuco
“O Brasil perdeu um grande político. Peço que os recifenses e os pernambucanos mantenham a paz e tragam fé e orações para a família dele neste momento. É uma perda irreparável. Um grande líder que fez tanto por todos os brasileiros e pernambucanos. É um dia de muita dor. Uma dor que não tem como expressar nem como medir” - Geraldo Júlio, prefeito de Recife
“É um momento de muita dor. Eduardo Campos doi uma pessoa que me ensinou muito. Foi meu amigo. Um companheiro de tanto tempo. Vamos agora busca-lo. Trazer para Pernambuco para que o pernambucano possa também homenagear uma pessoa que importante para seu estado, tão importante para todos nós. Falei com ele pela ultima vez no domingo. Estivemos juntos, vamos continuar juntos” - Paulo Câmara, candidato de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco
“O Brasil perde um grande líder, um homem público sensível,  uma esperança para os que seguem acreditando no exercício da Política como instrumento de fortalecimento democrático. (…) Aprendi muito com ele. Dividíamos projetos, ideias e lembranças da política. Eduardo deixa o exemplo de correção, de caráter e sensibilidade que o Brasil não esquecerá. Meus sentimentos à sua mulher, à sua família e aos pernambucanos que tiveram a oportunidade a honra de tê-lo como deputado, secretário de estado e governador. Um homem público vencedor, que pensava sempre em ajudar as pessoas.” - Gilberto Kassab, presidente do PSD, ex-prefeito da cidade de São Paulo e candidato ao Senado por São Paulo
“Eu sofro muito neste momento. Era um rapaz de grande valor. Fui muito amigo do avô dele. O Miguel Arraes falava muito do neto, que ele era muito inteligente e capaz. Quando formamos amizade, eu verifiquei a grandeza do Campos. Ele não tinha radicalismo nem ódio nem mágoa. Ele praticamente uniu Pernambuco em torno do nome dele. Campos era um nome que aparecia no cenário político com uma posição nova, independente, era a perspectiva do ano. O Brasil ficou paralisado com a morte dele. No fundo tinha alguns a favor de ‘a’ ou ‘b’, mas todo mundo estava na expectativa de que os rumos do país iam mudar. Com a morte dele, voltamos à estaca zera. Na cabeça de todo mundo há um ponto de interrogação” - Pedro Simon, senador e apoiador da campanha de Eduardo Campos
“É com profundo pesar que lamento a morte tão precoce e trágica do candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos. Uma tragédia que deixa o Brasil chocado e surpreso. O país sofre a dor coletiva da perda de uma das mais promissoras lideranças da política brasileira. Eduardo Campos foi um homem respeitável em todos os aspectos de sua personalidade, um pai exemplar e uma referência como homem público nos cargos que exerceu. Em nome do Congresso Nacional e em meu próprio envio condolências à família, ao PSB e ao governo do Estado de Pernambuco” - Renan Calheiros, presidente do Senado
“Lamento profundamente o falecimento de Eduardo Campos, O Brasil perde um grande valor em defesa da democracia e da realização de justiça” - Eduardo Suplicy, senador
“Nós estamos chocados. Não esperávamos nunca um acontecimento desta natureza. Nem sabemos ainda das reais causas, mas temos a triste informação de que perdemos nosso grande timoneiro nesse processo eleitoral” - Beto Albuquerque, deputado federal do PSB
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Eduardo Campos, a mulher, Renata, e os filhos
HOMEM DE FAMÍLIA — Eduardo Campos, a mulher, Renata, e os filhos: Maria Eduarda, Pedro (de azul), João, José (no colo do pai) e o pequeno Miguel, no colo da mãe (Foto: Diário de Pernambuco)
Do site de VEJA
Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu em Recife, no dia 10 de agosto de 1965 — ele completou 49 anos no último domingo. Era filho do poeta e cronista Maximiano Campos e de Ana Arraes, que atualmente é ministra do Tribunal de Contas da União. Neto de Miguel Arraes (1916-2005), era considerado o herdeiro político do três vezes ex-governador de Pernambuco e importante líder da oposição ao regime militar no exílio.
Campos deixa a mulher, Renata, e cinco filhos: Maria Eduarda, de 21 anos, João, 19, Pedro, 17, e José, 8 — o caçula, Miguel, nasceu em janeiro e foi diagnosticado com síndrome de Down.
A militância política de Campos começou ainda na universidade, como presidente do diretório acadêmico da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Pernambuco. Ele se graduou em economia em 1985, aos 20 anos.
No ano seguinte, se envolveu na campanha eleitoral que reconduziu Arraes ao governo de Pernambuco [Arraes havia sido eleito pela primeira vez em 1962, mas foi cassado, preso pelo regime militar na Ilha de Fernando de Noronha e posteriormente seguiu para o exílio na Argélia, de onde só retornou após a anistia, em 1979].
Após a vitória do avô, então filiado ao PMDB, assumiu o posto de chefe de gabinete. No governo, encabeçou a criação da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Nordeste — no governo Lula, ele ocuparia o ministério da Ciência e Tecnologia.
A filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) ocorreu em 1990. Pela legenda, Campos conquistaria o primeiro mandato eletivo, como deputado estadual. Quatro anos depois, seria eleito para uma cadeira como deputado federal, com 133.000 votos.
Em 1995, voltou a Pernambuco para exercer os cargos de secretário do Governo e da Fazenda. Em 1998 e 2002, foi reeleito deputado federal. Foi apontado por avaliação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) como um dos cem parlamentares mais influentes do Congresso por três anos consecutivos.
A partir de 2003, Campos se tornou um dos articuladores do governo Lula no Congresso. Na administração do petista, assumiu o ministério da Ciência e Tecnologia. Em 2005, passou a chefiar a presidência nacional do PSB e, no ano seguinte, candidatou-se ao governo de Pernambuco. Foi eleito e, em 2010, reeleito para o cargo com 82,83% dos votos válidos.
O distanciamento de Lula começou nas eleições municipais de 2012, quando candidatos do PSB enfrentaram adversários do PT em capitais e outras cidades importantes do país.
Pouco antes do pleito, Campos sinalizou que pretendia desgrudar sua legenda dos petistas. “Sempre tivemos uma relação com o PT muito correta. Nunca nos sujeitamos a ser sublegenda do PT ou partido satélite. Sempre respeitamos muito o PT, mas temos nossa identidade, opiniões e divergências”, disse.
Em setembro de 2013, o PSB oficializou sua saída da base de apoiodo governo federal.
A decisão vinha sendo discutida intensamente pelos peessedebistas desde que estouraram os protestos de junho. “Naquela oportunidade, houve a proposta de entregarmos os cargos para começarmos uma reforma ministerial, inclusive com a redução de ministérios. Mas nós argumentamos que não poderíamos fazer isso com a presidente Dilma em um momento delicado”, disse Campos ao anunciar o rompimento com o governo.
Os líderes da legenda reclamavam que integrantes do governo Dilma tentavam minar a virtual candidatura de Campos.
Em outubro de 2013, Campos anunciou a aliança com a Rede Sustentabilidade, comandada pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Foi o pontapé inicial para a formação da chapa presidencial encabeçada por Campos, que seria oficializada em junho deste ano. Em abril, ele havia se desvinculado do governo para disputar a eleição.
Na última pesquisa de intenção de voto divulgada pelo Ibope na quinta-feira da semana passada, Campos tinha 9% da preferência dos eleitores. Dilma liderava, com 38%, e Aécio Neves, do PSDB, tinha 23%. Em campanha, prometia criar um fundo federal para a segurança públicaampliar a isenção do IRpromover uma reforma tributária, entre outras medidas. Uma delas era extremamente arrojada para alguém de um Partido Socialista: tornar, por lei, independente o Banco Central.

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