Oposição em alta - MERVAL PEREIRA
O GLOBO - 11/06
O pior dos resultados para o Palácio do Planalto acabou se concretizando. A oposição está em alta, não apenas a externa como também a dos partidos aliados. O PMDB não vai tão dividido às eleições presidenciais desde 2002, quando indicou Rita Camata para vice na chapa tucana liderada por José Serra, derrotado então pelo ex-presidente Lula, que contou com o apoio de diversos grupos dissidentes regionais do PMDB.
A convenção nacional do partido decidiu apoiar a reeleição de Dilma por 59% contra 41%, dando-lhe mais 4 minutos e 36 segundos de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, mas negando o apoio de sua máquina partidária em muitos estados.
Para se ter uma ideia da defecção registrada este ano, em 2010 o apoio a Dilma foi de 84% dos convencionais do PMDB. A dissidência tem uma razão única: a disputa de espaço político com o PT. O diretório do Rio de Janeiro votou em peso contra a coligação com o PT, apesar de o governador Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral terem reafirmado seus apoios à presidente Dilma.
Mas todos ressaltaram que a razão da dissidência estadual, que eles fazem questão de não controlar, deve-se à candidatura do senador Lindbergh Farias, apoiado especialmente por Lula.
Na Bahia, com uma chapa oposicionista já montada com a dissidência do PMDB, não houve o propalado acordo entre Geddel Vieira Lima e a cúpula partidária: a votação maciça foi contra a aliança com o PT.
Outras bancadas, como as de Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Ceará, também demonstraram sua insatisfação, sendo que no Ceará é possível que, em breve, a dissidência potencial do senador Eunício Oliveira acabe fechando um acordo com o grupo do tucano Tasso Jereissati. Paraíba e Santa Catarina, pelo número de faltas de seus representantes, entraram no radar da direção nacional como possíveis problemas.
Toda essa situação somou-se ao resultado da mais nova pesquisa do Ibope, que mostrou a oposição em alta e confirmou a queda da presidente Dilma, prevendo a realização de um segundo turno.
O crescimento dos candidatos do PSDB, Aécio Neves (de 20% para 22%), e do PSB, Eduardo Campos (de 11% para 13%), mostra o início da migração dos votos dos indecisos para a oposição, com Campos voltando à disputa pela terceira via, embora ainda longe de Aécio. Pelo menos deixou de disputar o terceiro lugar com o Pastor Everaldo, do PSC.
Assim como a recente pesquisa do Datafolha, também o Ibope constatou que a diferença a favor de Dilma em um eventual segundo turno reduziu-se dramaticamente. Contra Aécio, a vantagem de Dilma caiu de 19 para 9 pontos porcentuais - em menos de um mês, o resultado passou de 43% a 24% para 42% a 33%. No confronto com Campos, a vantagem diminuiu de 20 para 11 pontos. Para culminar, a rejeição à presidente Dilma subiu para 38%.
Esse conjunto de notícias ruins fez a presidente subir o tom nas duas convenções de que participou, a do PDT pela manhã e a do PMDB à tarde. Num discurso que marcou a oposição até meses atrás, agora é Dilma quem acusa seus adversários de quererem surrupiar os programas do governo.
Foi uma crítica indireta ao candidato do PSDB Aécio Neves, que apresentou no Congresso diversos projetos alterando o Bolsa Família para aprimorá-lo . O governo votou contra a proposta de permanecer pagando o benefício até seis meses depois de o beneficiário ter conseguido um emprego formal, e também não quer incluí-lo na Loas (Lei Orgânica da Assistência Social), o que, no dizer de Aécio, transformaria o Bolsa Família em um programa de Estado, e não de governo.
Incomodada com a definição dos adversários de que o PT e o governo representam o atraso, Dilma garantiu: Nós somos o avanço: o atraso são eles . Um discurso defensivo e claramente de uma candidata acuada.
COMENTÁRIO: Dilma será conhecida como a presidente mais medíocre da história republicana. Porém, devemos ressaltar que seu governo foi de esquerda, ou seja, a esquerda deu as cartas econômicas. Diferente de Lula em seu primeiro governo que foi administrado na chamada macro-economia praticamente pelo PSDB, com Meireles no banco central. O resultado da chamada política econômica heterodoxa, ou o que isso possa dizer, é um verdadeiro fiasco. Se reeleita o país vai terminar tendo uma guerra civil. Se não, já estamos com os mais de cinquenta mil mortos pela criminalidade glamourizada pelos sociólogos de botequim, todos esquerdopatas. Ou no povo tira o PT pelo voto, ou eles destroem de vez o país. E para botar uma brutal ditadura no lugar, fazendo nossa pregressa ditadura parecer brincadeira de criancinhas. (RAFAÉ BRASIL).
A convenção nacional do partido decidiu apoiar a reeleição de Dilma por 59% contra 41%, dando-lhe mais 4 minutos e 36 segundos de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, mas negando o apoio de sua máquina partidária em muitos estados.
Para se ter uma ideia da defecção registrada este ano, em 2010 o apoio a Dilma foi de 84% dos convencionais do PMDB. A dissidência tem uma razão única: a disputa de espaço político com o PT. O diretório do Rio de Janeiro votou em peso contra a coligação com o PT, apesar de o governador Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral terem reafirmado seus apoios à presidente Dilma.
Mas todos ressaltaram que a razão da dissidência estadual, que eles fazem questão de não controlar, deve-se à candidatura do senador Lindbergh Farias, apoiado especialmente por Lula.
Na Bahia, com uma chapa oposicionista já montada com a dissidência do PMDB, não houve o propalado acordo entre Geddel Vieira Lima e a cúpula partidária: a votação maciça foi contra a aliança com o PT.
Outras bancadas, como as de Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Ceará, também demonstraram sua insatisfação, sendo que no Ceará é possível que, em breve, a dissidência potencial do senador Eunício Oliveira acabe fechando um acordo com o grupo do tucano Tasso Jereissati. Paraíba e Santa Catarina, pelo número de faltas de seus representantes, entraram no radar da direção nacional como possíveis problemas.
Toda essa situação somou-se ao resultado da mais nova pesquisa do Ibope, que mostrou a oposição em alta e confirmou a queda da presidente Dilma, prevendo a realização de um segundo turno.
O crescimento dos candidatos do PSDB, Aécio Neves (de 20% para 22%), e do PSB, Eduardo Campos (de 11% para 13%), mostra o início da migração dos votos dos indecisos para a oposição, com Campos voltando à disputa pela terceira via, embora ainda longe de Aécio. Pelo menos deixou de disputar o terceiro lugar com o Pastor Everaldo, do PSC.
Assim como a recente pesquisa do Datafolha, também o Ibope constatou que a diferença a favor de Dilma em um eventual segundo turno reduziu-se dramaticamente. Contra Aécio, a vantagem de Dilma caiu de 19 para 9 pontos porcentuais - em menos de um mês, o resultado passou de 43% a 24% para 42% a 33%. No confronto com Campos, a vantagem diminuiu de 20 para 11 pontos. Para culminar, a rejeição à presidente Dilma subiu para 38%.
Esse conjunto de notícias ruins fez a presidente subir o tom nas duas convenções de que participou, a do PDT pela manhã e a do PMDB à tarde. Num discurso que marcou a oposição até meses atrás, agora é Dilma quem acusa seus adversários de quererem surrupiar os programas do governo.
Foi uma crítica indireta ao candidato do PSDB Aécio Neves, que apresentou no Congresso diversos projetos alterando o Bolsa Família para aprimorá-lo . O governo votou contra a proposta de permanecer pagando o benefício até seis meses depois de o beneficiário ter conseguido um emprego formal, e também não quer incluí-lo na Loas (Lei Orgânica da Assistência Social), o que, no dizer de Aécio, transformaria o Bolsa Família em um programa de Estado, e não de governo.
Incomodada com a definição dos adversários de que o PT e o governo representam o atraso, Dilma garantiu: Nós somos o avanço: o atraso são eles . Um discurso defensivo e claramente de uma candidata acuada.
COMENTÁRIO: Dilma será conhecida como a presidente mais medíocre da história republicana. Porém, devemos ressaltar que seu governo foi de esquerda, ou seja, a esquerda deu as cartas econômicas. Diferente de Lula em seu primeiro governo que foi administrado na chamada macro-economia praticamente pelo PSDB, com Meireles no banco central. O resultado da chamada política econômica heterodoxa, ou o que isso possa dizer, é um verdadeiro fiasco. Se reeleita o país vai terminar tendo uma guerra civil. Se não, já estamos com os mais de cinquenta mil mortos pela criminalidade glamourizada pelos sociólogos de botequim, todos esquerdopatas. Ou no povo tira o PT pelo voto, ou eles destroem de vez o país. E para botar uma brutal ditadura no lugar, fazendo nossa pregressa ditadura parecer brincadeira de criancinhas. (RAFAÉ BRASIL).
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