O
LUMPESINATO ATACA, E VOLTA O ESTADO HOBESIANO – A greve da polícia e os
defeitos nas nossas instituições. RAFAEL BRASIL
A greve da polícia é um acinte à democracia e ao estado
republicano. Como força policial e armada e militarizada, não devia , por lei,
entrar em greve. Infelizmente, a constituição ainda não regulamentou o assunto.
Desde a época em que o pobre de Arraes ficou praticamente cercado no palácio
por policiais em greve, que a questão é abordada e discutida. Mas as
corporações tem força no congresso, que não tem partidos nem homens capazes de
enfrentar o problema. Greve em setores essenciais, não pode. Sobretudo se o
serviço é público. Mas esta não regulamentação é um absurdo, pois em todos os
países democráticos a questão é
regulamentada. Democracia não é baderna e desrespeito às propriedades e vidas
alheias. E, há pelo menos uma década o país está parado. E o principal problema
nacional é sem dúvida a segurança. Há anos vivemos numa verdadeira guerra civil
não declarada. Pior, ninguém sabe de que lado a violência vem. Porém uma coisa
é certa. Os principais alimentos da violência são, pela ordem, a impunidade e a
falta de educação, sobretudo uma formação religiosa, cristã.
Hordas de pessoas, geralmente
pobres, mas violentas e oportunistas, na verdade marginais, aos
milhares, assaltando lojas e caminhões em plena rua. O verdadeiro retrato do estado hobesiano, do
homem como o lobo do homem. De todos contra todos. É o verdadeiro aviltamento
da ética e da moral, natural destas hordas que Marx chamava de lumpesinato. E
que Hannah Arendt chamava de “cidadãos sem classe”. Ou seja, completamente
desligados da sociedade e das tradições religiosas geralmente de origem
comunitária. Aí está o resultado da sociedade sem religião nem educação. Um
primo meu e irmão, me disse que andando pelas ruas de Luanda, numa feira
popular, viu uma mulher com dois sacos de dinheiro, cambiando dólares. No meio
da feira, e , roubo, nada. Precisamos ir mais em baixo no escalão da barbárie?
Ou é apernas o começo? Que Deus nos livre!
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