MARAJÁS
O debate político brasileiro é muito pobre. Precisamos de
alguém que fale dos privilégios de muitos servidores do estado, dos três
poderes. É uma vergonha a farra com dinheiro público. Temos Marajás, em todas as esferas do poder e funcionalismo
público. É deputado, estadual e federal,
vereador, prefeito e até presidente. As
despesas com luxos desnecessários e ostentatórios, fere a ética republicana, e a confiança do
cidadão comum na democracia. É o processo de desmoralização da política. E sem
política nada de bom, pode ser feito. Sem política teríamos a anarquia,
precedendo ditaduras. E quem procura
ditadura, não passa de um delinquente humano e político. Ditadura é o mando de
um dos lados da sociedade, geralmente os que se consideram místicos
salvacionistas. E os positivistas “engenheiros sociais”, que querem moldar à
sociedade conforme suas convicções. São os comunistas de sempre, travestidos de
socialistas.
Democracia é o jogo da pluralidade institucionalizada. Não a
bagunça e os desmandos que estamos acostumados a ver, nem tão perplexos assim, pois já há muito a maioria dos cidadãos estão
perdendo, como diria Nélson Rodrigues, a capacidade de se ruborizar. Vi no site
contas abertas, que são gastos só na presidência, fortunas com cartões de
crédito. Senador, reincidente em corrupção, viajando para batizados e para
implantar cabelos, em jatos da FAB. No
judiciário, tiraram 24 milhões do orçamento para os advogados dos pobres (os
chamados de ofício), para complementar os planos de saúde dos juízes marajás do
supremo tribunal federal. No baixo
escalão, temos milhares de professores que não dão aula, milhares recebendo
bolsa família sem precisar, funcionários públicos sem trabalhar, o estado
inchado e perdulário. É preciso modernizar, implantar uma tecnocracia,
necessária, fundada essencialmente na meritocracia, sem maiores privilégios.
Hoje, o grande sonho da juventude é ser barnabé. Se entra no
serviço público, mesmo por concurso, não sai mais. Tem muitos professores
inclusive universitários que nem estudam nem trabalham. Só fazem muita fofoca,
tomam cafezinho, e o cliente é quem sempre perde. Ou seja, o povo, que foi às
ruas pedir eficiência, trabalho, e sobretudo consideração. Portanto, como
sempre digo, o discurso de Collor é ainda o melhor caminho. Claro, repito,
Collor sempre foi o que foi, um político da velha laia. Mas o povo votou em seu
discurso, que era pela abertura econômica e o desmonte do estado ineficiente,
caro e perdulário. Não tem ninguém que
tenha a coragem de peitar as corporações? Modernizar de fato o estado,
racionalizando-o, cortando gastos desnecessários e aumentando a eficiência. Para
modernizar, é preciso acabar com os privilégios. Até um orangotango devidamente
informado sabe disso. Mas ninguém toca
de fundo no assunto, pois também não largam suas mordomias. E aí ficamos na
mesma, assistindo debates idiotas, e a falta de discussão séria, sobre temas
que realmente interessam ao povo. Nunca o nível político das nossas “lideranças”
foi tão fraco. Desde Fernando Henrique que não temos um presidente. Só
mentirosos, ignorantes e ladrões. Haja saco! E tenho dito!
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