quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

MARAJÁS - RAFAEL BRASIL

MARAJÁS
O debate político brasileiro é muito pobre. Precisamos de alguém que fale dos privilégios de muitos servidores do estado, dos três poderes. É uma vergonha a farra com dinheiro público. Temos Marajás, em  todas as esferas do poder e funcionalismo público. É deputado, estadual  e federal, vereador, prefeito e até presidente.  As despesas com luxos desnecessários e ostentatórios,  fere a ética republicana, e a confiança do cidadão comum na democracia. É o processo de desmoralização da política. E sem política nada de bom, pode ser feito. Sem política teríamos a anarquia, precedendo ditaduras.  E quem procura ditadura, não passa de um delinquente humano e político. Ditadura é o mando de um dos lados da sociedade, geralmente os que se consideram místicos salvacionistas. E os positivistas “engenheiros sociais”, que querem moldar à sociedade conforme suas convicções. São os comunistas de sempre, travestidos de socialistas.
Democracia é o jogo da pluralidade institucionalizada. Não a bagunça e os desmandos que estamos acostumados a ver, nem tão perplexos assim,  pois já há muito a maioria dos cidadãos estão perdendo, como diria Nélson Rodrigues, a capacidade de se ruborizar. Vi no site contas abertas, que são gastos só na presidência, fortunas com cartões de crédito. Senador, reincidente em corrupção, viajando para batizados e para implantar cabelos, em jatos da FAB.  No judiciário, tiraram 24 milhões do orçamento para os advogados dos pobres (os chamados de ofício), para complementar os planos de saúde dos juízes marajás do supremo tribunal federal.  No baixo escalão, temos milhares de professores que não dão aula, milhares recebendo bolsa família sem precisar, funcionários públicos sem trabalhar, o estado inchado e perdulário. É preciso modernizar, implantar uma tecnocracia, necessária, fundada essencialmente na meritocracia, sem maiores privilégios.

Hoje, o grande sonho da juventude é ser barnabé. Se entra no serviço público, mesmo por concurso, não sai mais. Tem muitos professores inclusive universitários que nem estudam nem trabalham. Só fazem muita fofoca, tomam cafezinho, e o cliente é quem sempre perde. Ou seja, o povo, que foi às ruas pedir eficiência, trabalho, e sobretudo consideração. Portanto, como sempre digo, o discurso de Collor é ainda o melhor caminho. Claro, repito, Collor sempre foi o que foi, um político da velha laia. Mas o povo votou em seu discurso, que era pela abertura econômica e o desmonte do estado ineficiente, caro e perdulário.  Não tem ninguém que tenha a coragem de peitar as corporações? Modernizar de fato o estado, racionalizando-o, cortando gastos desnecessários e aumentando a eficiência. Para modernizar, é preciso acabar com os privilégios. Até um orangotango devidamente informado sabe disso.  Mas ninguém toca de fundo no assunto, pois também não largam suas mordomias. E aí ficamos na mesma, assistindo debates idiotas, e a falta de discussão séria, sobre temas que realmente interessam ao povo. Nunca o nível político das nossas “lideranças” foi tão fraco. Desde Fernando Henrique que não temos um presidente. Só mentirosos, ignorantes e ladrões. Haja saco! E tenho dito!

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