CASO MARINA - MAIS UMA SACANAGEM DO JUDICIÁRIO - Rafael Brasil

Se Marina Silva não puder registrar seu partido por questões cartoriais, será mais uma prova do aparelhamento mesmo branco do judiciário em favor dos governistas, que querem se perpetuar no poder. 
Não é concebível que uma candidata com cerca de vinte por cento do eleitorado seja impedida de fazer um  partido por meras questões burocráticas. Ademais, a burocracia nacional é um dos mais sérios entraves ao nosso desenvolvimento. Até para soltar um  "traque", por aqui se exige documentos. Até as pedras sabem que a candidatura Marina, pelo menos para muitos politicólogos de plantão, sobretudo os ligados de uma maneira ou de outra ao governo, provocaria um incerto segundo turno. Que se constitui em uma quase nova eleição. Por essas e outras os petistas estão com medo, inclusive seu cacique mor, Lula. Querem dar um jeito de ganhar as eleições no primeiro turno. Na verdade, para muitos esquerdopatas , nem precisaria eleições. Mas o certo é que eleições são incertas, como a política que muda como as nuvens. Um ano em política pode ser uma eternidade. A situação econômica não está boa, e o país está praticamente estagnado, porque ainda é essencialmente um estado getulista piorado ao longo dos anos. Um país dominado pelas máfias e corporações das mais diversas, e quase indestrutíveis. Funcionários públicos, judiciário, segurança, professores, inclusive universitários e políticos, estes os campeões da safadeza. Precisamos reformas drásticas para colocar o país no rumo do moderno capitalismo globalizado. Somos ainda um país essencialmente fechado.  E nenhuma força política em jogo enfrenta estas questões, pois são todas essencialmente o que poderíamos chamar de social-democratas. Precisaríamos de um grande partido liberal e conservador, explicitamente a favor de menos estado e uma maior abertura à criatividade e a livre concorrência. Enquanto não tem votemos no menos pior. 
Não voto em Marina, mas sua presença na eleição é legítima, pois representa uma boa fatia do eleitorado. E ademais, por que um sujeito insignificante e filhote da máfia sindical nativa como Paulinho da força sindical abriu um partido e Marina não pode, por causa de questiúnculas burocráticas? Nunca neste país valeu tanto o ditado da chamada República Velha. Para os amigos tudo, para os inimigos a lei.