Essa história de arapongagem em torno do Brasil e Dilma beira o ridículo. Vozes nacionalistas ecoam em todo o território nacional. Óbvio, ululante, que todos espionam todos. Só não espionamos, porque nossa ABIN é ridícula. Nosso serviço secreto não espiona nem os cupichas do governo. Aliás, o finado Paulo Francis dizia que se o contribuinte americano tivesse uma mesmo obscura dimensão da incompetência da CIA, faria tudo para fechá-la. A CIA sempre foi um grande cabide de empregos, segundo a perspectiva de muitos norte-americanos, embora necessária porque pertencente ao império. Que os esquerdistas pátrios o chamam de mau. Vai ver que eles queriam que fossem a China. Ou mesmo a Rússia. Ainda hoje a maior agência de espionagem é da Rússia, herança da KGB, talvez uma das únicas instituições que funcionavam na triste ex União Soviética. Além é claro, do temível partido comunista o velho PCUS. Além do serviço secreto russo, tem o MOSSAD israelense. Este sempre espionou, e ainda espiona, até seu principal aliado
os Estados Unidos. E por aí vai.
O governo brasileiro ficou com raivinha porque estavam espionando Dilma. Deve ser muito difícil espionar no Brasil. Coisa como tirar leite de criancinha, ou empurrar bêbado na ladeira. Aqui, como todos sabemos, quase nada funciona. As instituições e o estado estão em pandarecos. O povo foi às ruas pedir conserto. Os políticos, nem nem... Quanto mais estado, mais bagunça, e é por essas e outras que o Brasil é uma verdadeira zona, sem querer esculhambar os velhos cabarés, muitos, muito bem administrados como sabemos.
Ademais, o Brasil é um verdadeiro paraíso para meliantes de todas as partes. Basta ter dinheiro, que quase nunca são importunados. Muito pelo contrário: por aqui são sempre bem tratados, não só pelo povo, mas sobretudo pelas elites, não só politicas, mas sociais. Lembrem dos casos Ronald Biggs, o famoso ladrão inglês do trem pagador, e do terrorista italiano Roger Batistti? Até um macaco amestrado sabe que no Brasil muitos meliantes pululavam nas colunas sociais e em programas populares de televisão. E existe toda uma subcultura de enaltecimento da malandragem e bandidagem, há décadas. Por isso deve ser o paraíso de terroristas. Ou não?
Claro, o governo tem que chiar. Faz parte do jogo. Mas sem exageros. Quem manda o Brasil ter uma política externa fuleira, aproximando-se de países sem relevância econômica e política? Umas nulidades autoritárias como Cuba, Irã, Venezuela, Bolívia e a Síria do assassino Assad, só para ficarmos nestes tristes exemplos? O certo mesmo seria ampliar a integração americana com os Estados Unidos, e o apoiando, claro, com ressalvas, em boa parte de sua política externa. Afinal foi os Estados Unidos o grande fiador da democracia e do capitalismo no pós guerra. Pela restruturação e democratização do Japão, e pela reconstrução da Europa. E a política externa do Brasil sempre foi muito independente, claro, em clara observância dos limites do país no cenário internacional, inclusive nos governos militares, e desde Getúlio. O que existe no governo é um antiamericanismo de botequim. Por fim, os norte americanos nem estão se lixando para estes chiliques do governo. E o Brasil vai baixar a bola, pois precisa dos Estados Unidos, aliás, todo o mundo precisa. E admira os Estados Unidos, mas nossa elites tem inveja. Por isso fazem beicinho. Bem mas isso também faz parte do jogo. Mas o teatro anti-imperialista me faz rir. Afinal, Deus limitou a inteligência dos homens, só não limitou a burrice. Que nasce e renasce com cada vez mais vigor nestes rincões esquecidos do mundo, onde ladrão é herói e homem de bem bandido.
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