quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

LULA INTIMIDA PSB



Precipitação do embate eleitoral também serve para Lula intimidar o PSB

Ao topar fazer desde já o embate eleitoral, o PSDB colabora também para que Lula fique livre para chantagear a base aliada — ele aposta tudo, insista-se, numa Fla X Flu com os tucanos. Vejam o caso de Eduardo Campos, governador de Pernambuco (PSB).
Ciro Gomes (leia post de ontem) voltou a atirar para todo lado. Insistiu que Campos não tem condições de se candidatar à Presidência porque, afirmou, não tem propostas. Ciro vai ficar com Dilma mesmo, aquela que terá o PMDB como vice — partido que ele define como “ajuntamento de assaltantes”. Muito bem!
Nesta terça, o ex-governador do Ceará foi um pouquinho mais longe: “Como alguém quer ser presidente da República sem percorrer o País, expondo suas ideias, mostrando os erros e o que pode ser feito. Se o cara é candidato contra a reeleição da Dilma, então tem que sair do governo. Sou um velho que se mantém preso às suas crenças na lealdade, coerência, e na decência”.
Sim, eu mesmo já perguntei aqui com que discurso se apresenta para a disputa quem estava com o governo até anteontem. Mas eu não sou do PSB, certo? Ciro é. É evidente que está a serviço de Lula e força a barra para que o governador de Pernambuco saia da zona de prospecção para a da decisão: se quer ser candidato, que diga desde já e entregue os cargos. Entrará na mira da máquina petista. Se não renuncia à sua parte no latifúndio, então que salte fora. Quanto antes se decidirem essas coisas, tanto melhor para Dilma.
Outro ponto de vistaConsta que Dirceu também é crítico da antecipação porque acha que ela dá visibilidade a Aécio Neves, que não a teria de outro modo, ficando, por ora, restrito a Minas. Nesse particular, então, Dirceu e parte do tucanato concordam. Eu tenho certos problemas com o tal critério da “visibilidade”. Se ela vem acompanhada, por exemplo, da desqualificação, coisa em que o petismo é especialista, pode haver mais prejuízo do que lucro.
Uma coisa é certa: a candidatura de Campos pode ser a condição para que exista ao menos um segundo turno em 2014. Fazer esse debate agora colabora para que ele não seja candidato. A quem interessa?
Por Reinaldo Azevedo

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