COMISSÃO DA "VERDADE"

 

Diferentemente de outros países da América Latina, tivemos uma transição pactuada. Moderados da oposição, juntamente com reformistas do ancién regime, fizeram a transição com Tancredo-Sarney através do colégio eleitoral, instrumento da própria ditadura para se, digamos, legitimar. PMDB e então o recém-criado PFL, já respiravam  sabor dos novos tempos, com a volta dos exilados políticos. A lei da anistia, promulgada desde o início do governo Figueiredo, o último do círculo militar, resolveu as pendências políticas da transição. Numa transição, a lei de anistia não quer dizer o esquecimento, mas o perdão dentre as partes conflituantes, visando a pacificação futura. No Brasil, as mortes pouco chegaram a quinhentas pessoas, se não me engano, dos dois lados. Ou seja, tal número de pessoas não criou feridas na população, insanáveis até hoje, como pretendem alguns. Ninguém aceitaria uma anistia se fosse para ser pego ex-post. Daí que, a tal de comissão da "verdade", não passa de revanchismo, sobrtudo de pequenos grupos terroristas que estavam longe de querer defender a democracia. Ao contrário advogavam uma ditadura felizmente jamais experimentada por nós, o totalitarismo. Diante do totalitarismo, nossas ditaduras pareceriam passeios de verão. Querem se vingar, abrindo feridas desnecessárias. Dilma, e aliados, deviam é pedir desculpas pelo seu passado sombrio, quando era terrorista, e sonhava com uma ditadura esquerdista para o país. Vade retro satanás! Quanta hipocrisia!