quarta-feira, 18 de abril de 2012

HAJA ZOADA

A montanha pariu um rato. Agora os blogs de Garanhuns novamente recarregam suas baterias  contra o governador e seu candidato, por causa de uma carta do senhor Ivan Rodrigues, chamando o governo e seu candidato de prepotentes a autoritários. O engraçado é que só agora Ivan concluiu que o governo Eduardo é autoritário, tal qual o governo a quem alegremente serviu, o do finado Miguel Arraes, conhecido como o coronel da esquerda. Nunca deu um pio quando Arraes montou uma chapinha prejudicando, dentre outros, Cristina Tavares, que na ápoca teve mais de desessete mil votos e não se elegeu, enquanto ,um cidadão de Olinda, que estava no partido de Arraes, Álvaro Ribeiro, foi eleito com pouco mais de mil e quinhentos votos.  Na época, votei em Cristina, e, conversando com ela vi sua angústia com o velho coronel. Sabe-se que sua própria família mandou um recado ao próprio Arraes, para que não comparecesse ao velório da combatente deputada. Durante todos estes anos, Ivan serviu e serviu-se dos governos Arraes e Eduardo Campos. Inclusive apoiou a candidatura de Zé da Luz, então do PSB local, mesmo o candidato sendo de Caetés, onde teve todas as contas rejeitadas pelo tribunal de contas do estado.

MEDO DO GOVERNADOR

Na verdade, todos tem medo do governador, e todos os insatisfeitos queriam seu apoio. Daí a chiadeira, Só que o governador não confia em ninguém, dada a falta de consistência política e ideológica dos postulantes, em sua grande maioria, uns adesistas. Um político da cidade me contou certo dia que quase não aguenta o mau cheiro do charuto de Arraes, nem a música que o próprio estava ouvindo - música argelina -, numa viagem a Arcoverde. Este cidadão, uma nulidade política e ideológica, devia pelo menos ter o bom gosto musical do velho coronel, e saber que estava viajando com um dos maiores nomes da esquerda nacional, sobretudo considerando sua lucidez durante o golpe de 64, quando defendia ardorosamente a legalidade e a não busca da ruptura em 64, pelas esquerdas, que redundou no golpe da direita aterrorizada nos tempos da guerra fria. Arraes era um coronel, mas um coronel iluminado, digamos assim. Um dos poucos políticos e intelectuais nativos que vi. E que tenho orgulho de ter chegado a o conhecer quando modestamente trabalhei quando jovem, em sua campanha para deputado federal no ano de 1982, com Arthur Lima Cavalcanti, que depois romperia com ele. Claro, hoje não comungaria com suas idéias, mas era um homem que pensava, e tinha muita habilidade política. Queria ter uma projeção nacional, mas infelizmente ficou preso à politicalha estadual. Ficou preso em sua própria armadilha, se aliando com políticos na sua maioria adesistas, quando a maioria aderiu a Jarbas, quando viu que o velho ía perder. E é isso que Eduardo não quer. Ele quer ter uma base sólida, compromissada com seu projeto político, fugindo assim da armadilha em que se meteu o avô. Hoje todo mundo aderiu a Eduardo. E amanhã?  A José? A Pedro? Basta ter perspectivas de ganhar as eleições...

IVAN E ARRAES

Ivan se aproximou do clã de Arraes, através de Arthur Lima Cavalcanti, quando o mesmo o convidou para trabalhar na COSINOR, de propriedade de sua família, através do meu saudoso falecido tio, Roberto Souto Maior que era uma espécie de interventor do BNDES na empresa, e era o diretor financeiro. Nessa épooca Ivan estava desempregado. e tio Roberto, lhe fez este grande favor. Foi quando se deu sua aproximação com o clã de Arraes. Agora chama seu neto de prepotente e autoritário. Muito engraçado, só agora ele viu?

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