domingo, 17 de abril de 2011

ANALFABETOS?


Desde há muito, o analfabetismo funcional é a marca registrada da educação no Brasil. A grande maioria dos alunos de segundo grau não sabem decifrar um simples texto. Parece que o problema está afetando boa parte de nossos políticos. Porém o problema não só é de interpretação. É malandragem mesmo. Estão lembrados das declarações de FHC de que professores que não contribuíram  e se aposentavam com pouco mais de quarenta anos era, no mínimo preguiçoso. Até hoje, cobram explicações de Fernando Henrique. Disseram que ele disse que professor era malandro. E pegou. Agora querem que pegue a história de que ele disse que as oposições devem esquecer o povão, que não tem mais jeito por sua , digamos, irrelevância, coisa e tal.
PROGRAMAS SOCIAIS
Foi FHC quem aplicou os atuais programas sociais em termos nacionais. Por essas e outras, foi eleito e reeleito pela classe média e este mesmo povão. A diminuição da pobreza se verifica desde o início do plano real, como sabemos. E os grotões ainda estavam nas mãos das velhas oligarquias de sempre com práticas políticas semelhantes. Os grotões também estavam com Fernando Henrique, é bom salientar, e com as mesmas oligarquias. O que Fernando Henrique disse no artigo, aí é o principal, é que o Brasil precisa se preparar para atender as demandas de uma classe média cada vez mais numerosa, e por isso mais complexa em suas necessidades. Com o crescimento do capitalismo, mais pessoas são incorporadas ao sistema de produção e consumo. O povão as classes mais pobres incluindo o lumpesinato, cada vez torna-se coisa do passado, graças a deus. Quem gosta de miséria? Portanto, para ele, as oposições deviam centrar suas políticas nestas novas classes médias em ascensão. Alguma coisa errada nisso, amigo Roberto Almeida?
POVÃO
Para ele, o PT agora incorporou o povão, com o aumento dos programas sociais, e também da propaganda dos mesmos, e do discurso populista que faz Lula se orgulhar, como  aliás a maioria do povão analfabeto, de não agüentar ler uma folha de jornal. E achar isso positivo. Como o povão é geralmente analfabeto, adora ser colocado pela primeira vez como protagonista. Por falar nisso, analfabetismo só dá para resultar em governos como os talibãs, de triste memória no Afeganistão.

POVÃO II
Antes, as esquerdas tinham um discurso para as classes médias.  Tanto que, se lamentavam de o povão estar sempre com a direita, ou coisa parecida, como Fernando Collor e Frei Damião. Hoje o povão está com Lula. Que ampliou e sobretudo propagandeou os benefícios sociais , que são inclusive a principal bandeira das esquerdas latino-americanas. Uma vergonha para as esquerdas, aliás, que antes acusavam tais programas de assistencialistas, e são mesmo. Fernando Henrique projeta  políticas para o futuro, claro sem deixar o passado de lado pois ele persiste em forma de miséria num país tão desigual e injusto como ainda é o nosso. Para ele, o povão está com Lula que corrompeu aliás toda a máquina sindical já corrompida por suas estreitas relações com mo estado desde Getúlio Vargas.
POVÃO III
Por isso vão dizendo por aí que o ex presidente Fernando Henrique não gosta de povão. Eu pelo menos detesto, porque abomino a pobreza. Que não é só material mas sobretudo intelectual. Aliás, esta conversa reflete nossa pobreza intelectual. Uma questão de analfabetismo e pilantragem. Duas coisas bem presentes no mundo político do Brasil contemporâneo. Ai que saudades de Paulo Francis!

Um comentário:

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