segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MUNDO ÁRABE --- NOVOS VENTOS?


MUNDO ÁRABE – NOVOS VENTOS?







O que está acontecendo na Tunísia é muito interessante, e mostra as incertezas da política, e a imprevisibilidade da história. A Tunísia, país árabe-mulçumano de maioria sunita situado no norte da África, foi ocupado pela França nos tempos da colonização. Em l956, no rastro da libertação argelina, também conseguiu sua independência. É consideraqdo um dos países de boa situação econômica em relação aos países africanos, e vem há um certo tempo sendo governado por um ditador, Ben Ali, que se coloca como sendo uma barreira para o crescimento do fundamentalismo islâmico entre as massas. Com um massivo movimento nas ruas,ele teve que deixar o poder, exilando-se na Arábia Saudita. O povo também pede a dissolução do governo títere que o sucedeu, e exige a realização de eleições livres e democrásticas no país. Segundo a ONU, já mporreram pelo menos 117 pessoas nos conflitos, e as oposições se fortalecem cada vez mais.


Surpreendidos pelo movimento, outros ditadores como o do Egito ou mesmo da poderosa Arábia Saudita, tremem em suas bases. Antes, pressionados pelo fundamentalismo islâmico, de tendências marcadamente autoritárias e teocráticas. Agora, por um movimento democrático, que pode abrir uma grande brecha de democracia, no autocrático mundo árabe mulçumano, aonde nem de longe existe democracia. A não ser a do Iraque, imposta pelos Estados Unidos.






REVOLTA NA INTERNET






Muitos comentam que a revolta na Tunísia foi facilitada e , digamos, viabilizada pela internet. Aonde são marcadas as manifestações de massa, e também correia de transmissão de uma grande cadeia de informações entre sa população e o movimento civil. Realmente, é muito interessante esta relação entre as informações da internet, e a pretensção de regimes de força manterem as populações eternamente isoladas uma das outras, ou seja, atomizadas. Quebrado este pressuposto fundamental dos regimes autoritários e totalitários - a atomização do ser humano e o isolamento entre as pessoas - a democracia, e a obtenção de informações em caráter quase ilimitado, andam juntas. Aliás , não existe democracia sem informações. É difícil controlar a internet. Vamos acompanhar este movimento, pois seria interessante o processo de democratização desses países, mesmo há mais de duzentos anos da velha revolução francesa.






CHINA






Memo interligados economicamente falando, foi bom os mericanos darem muns pitos nos chineses sobre desrespeito aos direitos humanos no país. Aliás, o sistema de partido único do partido comunista chinês, amoldou-se direitinho a tradição despótica dos regimes orientais, onde historicamente a chamada sociedade civil é inteiramente submetida ao estado. O próprio confuciionismo não deixa de ser um substrato ideológico para a manutenção do sistema, pois comunga o respeito às autoridades constituídas e à hierarquia. Seria interesante um movimento democrático num país de mais de um bilhão de habitantes. E uma lição para o resto do mundo. Mas a China continua sendo mum cacareco político e um dinossauro ideológico. Até quando?

2 comentários:

  1. Chegará um momento em que ocorrerá uma nova revolta como em 1989 e daí, não serão só os estudantes mas também a burguesia chinesa que soltará os cães no PC.
    Os chineses estão gostando do capitalismo, do livre mercado, do consumo, tanto que há mais comunistas nas universidades brasileiras e nesse governo do que em Pequim. É só aguardar!
    Quanto ao Iraque, a política do Big Stick parece que fez bem ao país. Hoje, todos os grupos étnicos possuem representação no governo, bem diferente de Era Saddam ou mesmo antes. Madeleine Albright dizia sempre que os EUA são uma potência indispensável.
    Logo o Iraque estará com uma economia pujante e com instituições fortes. Tem grande potencial.
    Por enquanto, só os sunitas ainda estão ressentidos já que eram os abastados na Era Saddam mesmo sendo uma minoria, massacrando os demais grupos. Estão tendo de se adaptar à nova realidade.

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  2. Bastante salutar as precisas e elegantes interviniências desse comentarista por nome de Hadriel.

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