terça-feira, 30 de março de 2021

Tá tudo no bolso da China - Rafael Brasil

 


Já dizia Nepoleão Bonaparte que quando a China acordar o mundo tremerá. E depois da dominação estrangeira no chamado império do centro nos idos do final do século XIX e início do século XX, a China depois da dominação comunista por Mao Tsé Tung em 1949 fez o casamento macabro do comunismo com o autoritarismo despótico tão bem característico do oriente.

Mao foi o maior genocida da história da humanidade, matando, ou de fome, ou pela pura repressão, cerca de 80 milhões de pessoas. Na grande fome do final dos anos 50 em dois anos com a política louca deenominada "o grande salto" morreram de fome cerca de 30 milhões de pessoas. O canibalismo passou a ser prática corriqueira tal qual na URSS de Stálin nos idos dos anos 30, onde se trocavam filhos entre as famílias, pasmem...para comer.

Na revolução cultural dos anos 60, enaltecida por muitos comunistas europeus e também brasileiros, morreram milhões. A loucura era tanta que queriam acabar com as tradições culturais chinesas substituindo-as pela propaganda comunista maoísta, quando quase acabaram com o país, matando inclusive quase toda a intelectualidade, tachada de contra revolucionária. Milhares de professores foram execrados am praça pública, torturados, estuprados e mortos pela juventude maoísta ensandecida e estimulada pelo próprio governo.

Com a morte de Mao, nos anos 80, assumiu o poder Deng Chiao Ping, um pragmático sobrevivente da era maoísta, e de cima da pirâmide do poder expurgou a ala maoísta representada pela viúva de Mao Chiang Ching que diziam ser pior do que o próprio Mao. Foi a luta contra o que chamavam de a gangue dos quatro, mais um expurgo comunista. Enquanto faziam o funeral de Mao, mantento o culto à personalidade do líder morto, defenestravam seus seguidores rumando para reformas capitalistas, ou seja, o capitalismo de estado. É o que poderíamos chamar de economia fascista, com a não estatização das forças produtivas, mas um capitalismo sob a eterna vigilância e controle estatal.

O capitalismo chinês foi alavancado pelos EUA, que antes, mesmo na era Mao, tentaram se aproximar da China, tendo em vista combater a URSS que era o inimigo principal, digamos assim. 

Com umna mão de obra quase escrava, sem sindicatos nem direitos, o capitalismo ocidental investiu pesadamente no país, alavancando decisivamente sua economia. Devemos considerar que a China tem uma tradição manofatureira muito forte, afinal são 5000 anos de cultura, e diferentemente da ex URSS, fizeram sua perestroika, (restruturação econômica) sem a glasnost (transparência e abertura democrática), como apregoara Gorbachev no fim da ex URSS. 

Com o capitalismo estatal, a China tirou cerca de um terço de sua numerosa população da miséria. E agora com a expansão continuada parte para uma agressiva política de hegemonia econômica e política mundial. E a agressividade é também militar, é bom ressaltar. 

Com isso a China hoje já domina boa parte das economias européias e dos EUA. Compram diuturnamente a África e tem uma política agressiva reinvindicando a hegemonis na Ásia através do mar da China.

A hegemonia chinesa não se dá apenas no âmbito militar. Eles compram políticos corruptos nas democracias ocidentais, e mantém uma grande influência nas mídias. 

No Brasil este processo está em pleno andamento, a pedra no sapato chinês é a direita representada por Bolsonaro e apoiadores, estes desorganizados ao extremo. Assim estão comprando o congresso, os governadores, os sindicatos e a mídia, esta com síndrome de abstinência de dinheiro estatal.

A esquerda política domina o estado há décadas e é um dos principais agentes do imperialismo chinês, assim como muitos militares, que acham erroneamente que as relações com a China não passam de trocas comerciais. Ledo engano.

Com a crise da gripe chinesa,  e a derrota de Trump nos EUA, ficou mais fácil a dominação que por ora se inicia. Afinal a China já domina a Venezuela e a Argentina. Para eles a menina dos olhos de ouro do Brasil é o agronegócio, dentre outras coisas, afinal o Brasil é um dos maiores exportadores para a China, cada vez mais sedenta de comida. E aí entram os vendilhões da pátria, que antes bradavam contra o imperialismo norte americano, agora se submetem ao império chinês. 

Em poucas palavras a luta pelo poder passa pela luta contra ou a favor do imperialismo chinês, o mais agressivo da história. E qualquer análise política deve levar consideravelmente esta questão. E é a China que está por trás da nossa cleptocracia política, cada vez mais forte diante de um presidente isolado e que apenas ainda tem o povo a seu lado. Como diria Lênin, agora o que fazer?

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