quinta-feira, 6 de agosto de 2020

A derrocada argentina - Rafael Brasil

Intervenção do governo Fernández em empresa privada vira estopim ...



No início do século XX a Argentina era um dos países mais ricos do mundo. Corria um ditado na Europa que quando o sujeito tinha dinheiro, era rico como um argentino. Em Londres uma famosa Loja de departamentos de luxo tinha uma só filial no exterior  e era em Buenos Aires. As elites argentinas diziam que o país seria um contraponto aos Estados Unidos na América dio Sul, afinal tinha a maioria de quilometragem em linhas férreas e uma excelente educação.
Depois da Segunda Guerra, era a sexta economia do planeta, mas eis que veio um terremoto chamado Perón, e o peronismo começou a afundar o sonho argentino. Realmente ser rico e ficar pobre é de doer, mas é um dos exemplos do nacionalismo populista que é uma receita para acabar com qualquer país.
Perón corrompeu os sindicatos enfrentou ferozmente a igreja católica, distribuiu direitos impagáveis aos trabalhadores e claro, afundou o país.
Com sua saída instaurou-se a instabilidade política com muitos golpes de estado e intervenções militares, todas de cunho nacionalista e estatizante, como aliás a brasileira. O peronismo ainda influencia a política argentina, mesmo depois da sangrenta ditadura militar que resultou numa repressão brutal com mais de 10.000 mortos.
Tem peronismo de direita e de esquerda, mas o próprio Perón era , como Vargas, um simpatizante ferrenho do fascismo, e fascismo e comunismo são, digamos, irmãos siameses.  Lá coomo aqui no Brasil, o populismo nacionalista teve uma grande influência na esquerda, quando a política stalinista do pós guerra orientou os comunistas a se aliarem ao que chamavam de burguesias nacionais contra o imperialismo norte americano. Aqui como sabemos, Vargas se aliaria aos comunistas no seu último e trágico governo.
Lá, depois da eleição do liberal Macri, voltou ao poder o velho peronismo com roupagens bolivarianas, ou seja, uma versão piorada. E o que não poderia dar certo, realmente não deu, o país está numa baita crise e com uma inflação galopante.
Com a crise do vírus chinês, o governo decretou um lockdawn radical, aprofundando a quebradeira, e o governo aponta para a desapropriação de empresas e até bens de particulares, como a limitação de somas em dinheiro e em contas bancárias. Como o bicho mais arisco é o capital, muitas empresas sinalizam fechar e sair do país, o que já está acontecendo. E a crise se agrava com a fome acentuada da população que já foi uma das mais bem nutridas do planeta.
Enquanto escrevo, o povo vai às ruas protestar contra o governo, que tenta se manter no poder utilizando medidas populistas como o congelamento de preços e salários, e a ameaça de calote na gigantesca dívida externa, coisas já vistas por aqui.
E o governo, tal qual o petismo brasileiro tenta ampliar seus poderes aumentando o número de asseclas na suprema corte, ou seja aparelhando mais o estado e o judiciário, afinal vários crimes de integrantes do governo estão pendentes, e a máfia governamentel comandada pela corrupta Cristina Kirchner, faz de tudo para encobrir assassinatos de opositores e a corrupção endêmica.
Pobre Argentina, afinal o que seria de nós se o petismo ganhasse de novo? Eis a pergunta: É possível perdoar o PT? Não, claro que não, aliás se o estado brasileiro não fosse tão apareçhado pelo esquedismo partidos como o PT seriam devidamente extintos. Vade retro!

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