segunda-feira, 6 de julho de 2020

Agora a retomada da economia – Rafael Brasil



Paulo Guedes quer voltar com os impostos sobre dividendos | Cointimes


Ouvi agora uma ótima entrevista do ministro Paulo Guedes sobre as possibilidades de retomada da economia neste período pós pandemia, onde a crise é mundial.
Porém, o mais positivo foi a reafirmação do liberalismo econômico, pedra basilar da nova política econômica do governo, desde a eleição do presidente Bolsonaro. Em poucas palavras, desde décadas atrás que sempre reafirmo o óbvio. O Brasil precisa de capitalismo que ademais nunca tivemos. E o maior entrave ao capitalismo nacional é o estado patrimonialista e centralizador, desde a malfadada era Vargas.
É isso mesmo, ainda somos governados pelo velho ditador fascista, que depois se aliaria à esquerda, no seu último governo findo tragicamente com seu suicídio. Realmente Vargas disse que ia deixar a vida pra entrar na história, só que de uma forma mais do que nefasta. Um país burocratizado, e com excessivos entraves às atividades econômicas, afinal o Brasil é o centésimo oitavo país em termos de liberdade econômica, ou seja, facilidade em fazer negócios. Afinal ser empresário aqui é coisa de herói ou de corrupto, afinal, ou se paga altos impostos ou sonega-se e judicializa. O certo seria reduzir, desburocratizar, atrair investimentos e todos pagarem. Simples, mas complicado. Como destravar as amarras?
Nos tempos da pandemia, chegou-se a cogitar a saída do ministro, um liberal clássico, portanto conservador, pára ceder espaço a uma política dita desenvolvimentista, tão a gosto dos milicos quando no poder, sobretudo no final do regime militar, e da esquerda sempre estatizante. Balela, parece que o ministro está cada vez mais forte, e as reformas são consensuais em muitos aspectos, simplesmente porque a inação significa estagnação, mais desemprego e desinvestimento.
Precisamos de mais abertura econômica e as privatizações. Abertura sobretudo para a infraestrutura, como portos aeroportos, ferrovias e hidrovias, e é o que já está sendo feito. O marco regulatório do saneamento básico é um exemplo, os investimentos serão privados e proporcionarão o montante de quase um trilhão num país onde metade da população não tem saneamento básico e as cidades fedem a merda, literalmente, com as desastrosas para dizer o mínimo em termos de saúde pública.
Na área trabalhista, temos um mastodonte fascista, da era Vargas, nossa legislação foi inspirada na carta del lavoro de Mussolinni, afinal Vargas era fascista de carteirinha, e é mais do que sintomático que as esquerdas se aferram ao modelo pois existem imensas semelhanças entre fascismo e comunismo, na questão do agigantamento do estado. Resultado: Cerca de 30% tem carteira assinada, portanto direitos, e o resto ou vive na informalidade ou de benefícios sociais patrocinados pelo estado.
Precisamos também de uma ampla reforma tributária, pois tal é nossa anarquia tributária que o jurista e tributarista Ives Granda Martins disse não entender nossa balbúrdia tributária, de tantas regulamentações. E também a reforma administrativa, que sufoca estados e municípios tendo suas rendas voltadas em muitos casos para pagar funcionários, muitas vezes desnecessários, pela obsolescência, dentre outros fatores.
Com as retomadas nas novas alianças no congresso, aliadas à falência dos estados, é mais fácil buscar consensos, afinal, mesmo os governadores de esquerda esbarram sua governabilidade nestes entraves que são reais, afinal números são números, aqui e na China. Tudo com o direcionamento para a descentralização econômica, base para a descentralização política e a efetivação de uma verdadeira federação, afinal somos uma federação de mentirinha, onde tudo ou quase tudo passa pelas mãos do governo federal.
Porém o mais importante é que o ministro colocou tudo numa visão processual, nada de bala de prata, ou solução mágica para tudo. E claro, numa democracia o preço a pagar é a lentidão deses processos exaustivamente negociados, mas tudo bem.
Enfim a economia brasileira é mais fechada do que a da China, um regime totalitário, mas de economia mais liberal, em que pese a presença do estado em países com este tipo de regime. E afinal no totalitarismo as mudanças são impostas de cima pelos tecnocratas do partido, sem contestações. Mas afinal o caminho é este e claro mais promissor, e como sempre diz o presidente, é uma vergonha sermos um país rico com um povo miserável.
Muitos entraves virão à esquerda e direita afinal o sucesso econômico significa o sucesso eleitoral, eis o problema. E com o sucesso econômico as forças do atraso de sempre tendem a se obscurecer e até sair do mapa político, ótimo para a nação. Vamos acompanhar, sabendo que não existe outro caminho, e claro com uma educação de qualidade. Sem isso tudo estará perdido ou será indefinidamente adiado. Mas isso é outra questão que trataremos depois.

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