Ouvi
agora uma ótima entrevista do ministro Paulo Guedes sobre as
possibilidades de retomada da economia neste período pós pandemia,
onde a crise é mundial.
Porém,
o mais positivo foi a reafirmação do liberalismo econômico, pedra
basilar da nova política econômica do governo, desde a eleição do
presidente Bolsonaro. Em poucas palavras, desde décadas atrás que
sempre reafirmo o óbvio. O Brasil precisa de capitalismo que ademais
nunca tivemos. E o maior entrave ao capitalismo nacional é o estado
patrimonialista e centralizador, desde a malfadada era Vargas.
É
isso mesmo, ainda somos governados pelo velho ditador fascista, que
depois se aliaria à esquerda, no seu último governo findo
tragicamente com seu suicídio. Realmente Vargas disse que ia deixar
a vida pra entrar na história, só que de uma forma mais do que
nefasta. Um país burocratizado, e com excessivos entraves às
atividades econômicas, afinal o Brasil é o centésimo oitavo país
em termos de liberdade econômica, ou seja, facilidade em fazer
negócios. Afinal ser empresário aqui é coisa de herói ou de
corrupto, afinal, ou se paga altos impostos ou sonega-se e
judicializa. O certo seria reduzir, desburocratizar, atrair
investimentos e todos pagarem. Simples, mas complicado. Como
destravar as amarras?
Nos
tempos da pandemia, chegou-se a cogitar a saída do ministro, um
liberal clássico, portanto conservador, pára ceder espaço a uma
política dita desenvolvimentista, tão a gosto dos milicos quando no
poder, sobretudo no final do regime militar, e da esquerda sempre
estatizante. Balela, parece que o ministro está cada vez mais forte,
e as reformas são consensuais em muitos aspectos, simplesmente
porque a inação significa estagnação, mais desemprego e
desinvestimento.
Precisamos
de mais abertura econômica e as privatizações. Abertura sobretudo
para a infraestrutura, como portos aeroportos, ferrovias e hidrovias,
e é o que já está sendo feito. O marco regulatório do saneamento
básico é um exemplo, os investimentos serão privados e
proporcionarão o montante de quase um trilhão num país onde metade
da população não tem saneamento básico e as cidades fedem a
merda, literalmente, com as desastrosas para dizer o mínimo em
termos de saúde pública.
Na
área trabalhista, temos um mastodonte fascista, da era Vargas, nossa
legislação foi inspirada na carta del lavoro de Mussolinni, afinal
Vargas era fascista de carteirinha, e é mais do que sintomático que
as esquerdas se aferram ao modelo pois existem imensas semelhanças
entre fascismo e comunismo, na questão do agigantamento do estado.
Resultado: Cerca de 30% tem carteira assinada, portanto direitos, e o
resto ou vive na informalidade ou de benefícios sociais patrocinados
pelo estado.
Precisamos
também de uma ampla reforma tributária, pois tal é nossa anarquia
tributária que o jurista e tributarista Ives Granda Martins disse
não entender nossa balbúrdia tributária, de tantas
regulamentações. E também a reforma administrativa, que sufoca
estados e municípios tendo suas rendas voltadas em muitos casos para
pagar funcionários, muitas vezes desnecessários, pela
obsolescência, dentre outros fatores.
Com
as retomadas nas novas alianças no congresso, aliadas à falência
dos estados, é mais fácil buscar consensos, afinal, mesmo os
governadores de esquerda esbarram sua governabilidade nestes entraves
que são reais, afinal números são números, aqui e na China. Tudo
com o direcionamento para a descentralização econômica, base para
a descentralização política e a efetivação de uma verdadeira
federação, afinal somos uma federação de mentirinha, onde tudo ou
quase tudo passa pelas mãos do governo federal.
Porém
o mais importante é que o ministro colocou tudo numa visão
processual, nada de bala de prata, ou solução mágica para tudo. E
claro, numa democracia o preço a pagar é a lentidão deses
processos exaustivamente negociados, mas tudo bem.
Enfim
a economia brasileira é mais fechada do que a da China, um regime
totalitário, mas de economia mais liberal, em que pese a presença
do estado em países com este tipo de regime. E afinal no
totalitarismo as mudanças são impostas de cima pelos tecnocratas do
partido, sem contestações. Mas afinal o caminho é este e claro
mais promissor, e como sempre diz o presidente, é uma vergonha
sermos um país rico com um povo miserável.
Muitos
entraves virão à esquerda e direita afinal o sucesso econômico
significa o sucesso eleitoral, eis o problema. E com o sucesso
econômico as forças do atraso de sempre tendem a se obscurecer e
até sair do mapa político, ótimo para a nação. Vamos acompanhar,
sabendo que não existe outro caminho, e claro com uma educação de
qualidade. Sem isso tudo estará perdido ou será indefinidamente
adiado. Mas isso é outra questão que trataremos depois.
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