Os comunistas odeiam esta palavra, intentona. Dizem que foi um levante, ou mesmo movimento, mas na verdade foi uma tentativa de golpe dentro dos quartéis, e que deu a Vargas o pretexto para baixar o pau não só na esquerda, mas em todos os democratas de então, como aliás em todas as ditaduras. Logo depois, Vargas inventou um suposto levante comunista, o "Plano Cohen", para implantar uma das piores, senão a pior ditadura da nossa Hirtória que foi o chamnado Estado Novo, de forte inspiração fascista, em 1937. Aliás, os fascistas depois de usados, foram defenestrados por Vargas também, depois de uma tentativa de golpe.
O levante e a repressão que se seguiu, matou mais do que o regime militar, cerca de 750 pessoas. Depois, na ditadura do Estado Novo a repressão foi a maior da nossa história republicana. A censura também, além do culto à personalidade, tal qual era a moda nos regimes autoritários e totalitários, como o comunismo, fascismo e nazismo, nesta ordem. A propaganda e o culto à personalidade era intensa.
Vargas torturou, matou, enlouqueceu muita gente brutalmente perseguida pelo regime. Prestes foi preso e barbaramente torturado e o pior: Sua mulher, uma agente comunista alemã treinada pela internacional comunista Olga Benário, foi entregue pelo ditador a Hitler, que como judia e comunista foi eliminada nos porões da gestapo. Porém a Olga real nada tinha a ver com a Olga edulcorada pelo livro que depois virou filme, do jornalista de esquerda Fernando Morais.
Olga era uma agente da Internacional Comunista muito preparada. E era comum Stálin matar comunistas que íam pedir asilo ou proteção na chamada "pátria do socialismo". Nos expurgos da década de 30 matou milhões, e costumava presentear Hitler com prisioneiros comunistas alemães, assim como Hitler o retribuía. Não que seja justificável esta cruel ação de Vargas, claro, ele sempre foi um crápula e assassino. Mas seguindo esta lógica macabra, depois da guerra, os comunistas se aliariam a Vargas, e depois, com o varguismo, até os dias de hoje. E fizeram campanha pela volta de Vargas em 1950. Tudo a ver. Segundo a ideologia comunista, tudo pelo partido e pela revolução. Sentimentalismos pessoais? Que nada isso era tachado de sentimentalismo individualista burguês, ora essa. Quem quiser conferir leia a trilogia "Subterrâneos da Liberdade" de Jorge Amado, na época comunista, e que foi perseguido, exilado, e seus livros queimados em praça pública em Salvador. Claro , depois Amado renegaria este passado e esta obra essencialmente stalinista, e que acusava inclusive indiretamente, pessoas da própria esquerda trotskista pintando-os como uns verdadeiros diabos. Mas isso é outra história.
É isso aí, história é narrativa. E as narrativas são muitas, mas baseadas em documentos, e pela compreensão do universo cultural e político da época em questão. Claro, muitos novos trabalhos virão, o que sempre é bom. Afinal a História é a chave para a compreensão do presente e que procuremos não repetir os erros do passado. E a manipulação política da História serve sempre a interesses escusos. É isso aí.
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