A entrevista de Jair Bolsonaro ao programa "GloboNews Eleições 2018″, exibida na noite de sexta-feira (03), terminou com uma situação não programada. Avisada pelo ponto eletrônico, a apresentadora Miram Leitão pediu para todos permanecerem sentados. Alguns instantes depois, ela começou a ler um editorial, explicando por que o Grupo Globo, que apoiou o golpe militar de 1964, décadas depois considerou este gesto um erro. O texto foi motivado por um comentário do candidato, durante a sabatina, lembrando palavras de um editorial do jornal "O Globo" sobre o assunto.
O constrangimento passado por Miriam Leitão foi tema de um comentário do jornalista William Waack neste sábado (04). Em seu canal no You Tube, onde apresenta um programa intitulado "Painel WW", ele primeiro imitou os gestos e as palavras da jornalista da GloboNews durante o seu instante de hesitação: "Vocês já pensaram eu terminar uma edição do 'Painel WW', com os meus convidados ainda sentados ali, e eu falo assim: 'Aguenta mais um pouquinho… um momento… Eu queria dizer… em relação ao que o convidado acabou de dizer… Abre aspas… Que é fato… Fecha aspas'. Gente, cada um adjetiva isso como quiser".
Em seguida, disse: "Eu não tenho chefe no ponto. Eu falo as coisas pela minha consciência. As pessoas concordam, discordam, aplaudem, xingam, mas eu queria deixar um recado. Fiquem tranquilos: tudo que eu falo é por mim. Eu não tenho chefe no ponto".
Waack trabalhou na Globo por 21 anos. Em novembro de 2017, foi afastado após o vazamento de um áudio, gravado um ano antes, no qual apareceu fazendo comentários de cunho racista. Em 22 de dezembro, o seu contrato com a emissora foi rescindido.
Veja abaixo o vídeo de Waack:
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