sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Os Custos Sociais da Orfandade Paterna - Por Richard E. Vatz

Os Custos Sociais da Orfandade Paterna

Por Richard E. Vatz [*]
É profunda a relação causal entre orfandade paterna, famílias monoparentais e os subsequentes assassinatos, tiroteios, violência, pobreza, falta de ascensão social, miséria escolar para professores e alunos, florescimento de gangues perversas e descaradas (substituindo pais), oportunidades de emprego perdidas, venda e consumo de drogas ilícitas, e a [perda de] qualidade de vida geral.
As estatísticas conectando todos esses efeitos mais ou menos mensuráveis são bem estabelecidas, reproduzidas e replicadas. Apenas leia esta frase do resumo de um grande estudo (Marriage and Family Review, 2003) intitulado “A Presença de Pais na Atenuação da Violência de Jovens do Sexo Masculino”: “Dados analisados de todos os EUA indicam que a ausência de pais, ao invés da pobreza, foi um forte indicador de comportamento violento de jovens do sexo masculino”.
Quando esse nexo entre males sociais e orfandade paterna é publicamente exposto, seja oralmente ou por escrito, o que ocorre tipicamente é que ou não há resposta (é o mais frequente), ou a resposta é um ad hominem ou uma resposta falsa e irrelevante (por exemplo: isto é uma “afirmação horrível e uma condenação das famílias de negros monoparentais”). Não há nada de inerentemente racista na constatação desse desastre social que é a ausência de pais. Tanto em famílias brancas quanto em negras praticamente triplicaram o número de lares com crianças sem pais desde os anos 1960.
Este autor [que vos escreve] redigiu um texto sobre o assunto no Baltimore Sun (“Culpe a ausência de pais nos lares pela violência em Baltimore”. Após a publicação, eu recebi mais de vinte e-mails positivos em resposta, incluindo de alguns dos políticos conservadores mais íntegros de Maryland.
Entre os e-mails não houve discordâncias em relação ao argumento de que a orfandade paterna é uma causa raiz de virtualmente todos os males sociais. Quando eu discuti a questão da orfandade paterna no programa esquerdista “Marc Steiner Show”, a reação foi de raiva, ataques pessoais contra mim e acusações de eu estar atacando famílias por motivações racistas – o argumento de sempre – e que há várias famílias monoparentais que estão funcionando bem.
Por favor. Essa crítica das famílias sem pais presentes não implica que não há famílias que estejam bem sem um dos pais ou que não há famílias completas que sejam disfuncionais. Entretanto, esses casos são incomuns e têm pouca relevância sobre a miséria e disfunção generalizadas que estão permanentemente ligadas à orfandade paterna.
Esse é o velho problema do elefante que passa enquanto olham-se as formigas. A mídia impressa e eletrônica tem grandes e compreensivos artigos sobre a violência em Baltimore e outros lugares escritos por seus maiores senão perspicazes repórteres e ainda assim quase nunca mencionam a orfandade parental como uma causa. Líderes políticos em todo o país sequer são questionados a respeito disso.
Lideranças políticas progressistas detestam abordar o discutir a orfandade paterna como um problema e se ressentem daqueles que o fazem, exceto alguns poucos como o deputado estadual de Maryland, Curt Anderson, que ao menos nunca está indisposto a falar do problema quando solicitado. Quando eu discuto esse tópico com conservadores, eles dizem que essa questão deveria ser central, mas afirmam que não há público disposto a ouvi-la. Quem não arrisca não petisca.
Anthony McCarthy, chefe da equipe de comunicações e assuntos públicos da prefeita de Baltimore, Catherine E. Pugh, ficou irritado comigo em um programa de entrevistas local semanas atrás devido à minha declaração de que a Sra. Pugh não teve coragem de instituir um programa para engajar, desestimular e estigmatizar famílias sem pai. O Sr. McCarthy não rebateu meus argumentos, mas me acusou de usar “chavões” em minhas críticas. Chavões? O que isso quer dizer? É uma forma de dispensar um problema saliente sem confrontá-lo. É sempre os tomadores de decisão “ignorando a questão”.
Subsequentemente, a própria Prefeita Pugh, convidada ao programa de Jimmy Mathis na WBAL, recusou-se a falar comigo, que também fui convidado, aparentemente por causa da minha posição sobre a orfandade paterna ou minhas críticas à sua falta de coragem para lidar publicamente com essa questão devido ao fato de que ela poderá estimular a oposição de seus próprios eleitores.
Nada do que foi exposto acima é para argumentar que as patologias sociais causadas pela orfandade paterna não são exacerbadas por outros fatores. Má conduta policial, escolaridade inadequada, e juízes sabotando o sistema de justiça criminal com sentenças leves tornam os problemas piores. Mas não há causa raiz mais importante na produção permanente de violência, pobreza e outras questões relacionadas do que a orfandade paterna.
A orfandade paterna é a coisa mais próxima de selar um destino que se pode ter. Políticos, líderes comunitários, clero e outros a ignoram às custas da segurança da sociedade, não deles próprios, motivo pelo qual a ignoram. Se um dia houver um ataque frontal à ausência de pais, os resultados se manifestariam em menos de uma década.
[*] Richard E. Vatz. “The social costs of fatherlessness”. The Washington Times, 18 de Dezembro de 2017.
Tradução: dvgurjao

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