sábado, 20 de fevereiro de 2016

O PRESIDENCIALISMO NÃO DEU CERTO - RAFAEL BRASIL


O período da nossa história onde teve mais estabilidade política foi no Segundo Reinado, sob a batuta de Dom Pedro II, um dos maiores estadistas deste país. Foram 48 anos de estabilidade, quebrada por um reles golpe de estado comandado por milicos, e com muitas tendências dos ideais positivistas, muito arraigado no exército.
Aliás, por falar em exército, Dom Pedro gastava pouco com o mesmo, e controlava tranquilamente a instituição. Enquanto no restante da América Latina, as brigas dos caudilhos dividiu a parte espanhola, Dom Pedro manteve a unidade territorial da América Portuguesa, isto é , o Brasil. Botou os bacharéis, filhos das elites agrárias e patriarcais para estudar em Lisboa, Coimbra ou o Porto, e estes eram colocados em postos chaves da administração do estado em formação. 
Muitos filhos destas elites ascendiam nem tanto pelo dinheiro, mas por serem competentes burocratas da corte, como o paí de Joaquim Nabuco. Claro o Brasil era escravista, mas a formação do estado por essas elites ilustradas foi o arranjo político possível para a consolidação do Brasil como estado nacional.
E o parlamento, tendo como poder moderador o imperador, era muito ilustrado, com mais de 90% dos parlamentares com curso superior. E a corrupção era mínima, Dom Pedro honestíssimo, e austero com o dinheiro dos contribuintes. As acomodações da corte, e os edifícios públicos eram espartanos, pelos padrões europeus. E o Brasil era respeitado internacionalmente, tendo uma diplomacia competente e ilustrada.
Aí depois do golpe republicano veio a brutalidade da violência, as quarteladas sem fim, e os namoros com o fascismo, de Vargas e de muitos milicos brasileiros, além das tendências positivistas de muitos generais ideólogos do regime militar instaurado em 64.
O sonho de Joaquim Nabuco era uma monarquia constitucional e parlamentarista seguindo o modelo inglês. E nós podíamos construir uma república parlamentarista, mas claro, com uma ampla reforma política, e com pressão popular e democrática.
No parlamentarismo figuras como Dilma não passariam um mês sequer na cadeira governamental. Vereadores não teriam salários e deputados e prefeitos teriam seus vencimentos reduzidos, depois de uma ampla reforma federativa,  aumentando consideravelmente o poder dos estados e municípios, com a adoção do voto distrital, inclusive para os municípios.
Desde Sarney, que estas questões são colocadas, inclusive os parlamentaristas perderam feio no último plebiscito. Digo Sarney, porque o miserável político ficou , contrariamente aos anseios da nação, cinco anos azucrinando os brasileiros.
 E agora todo mundo espera a saída desta besta fera, ignorante e talvez por isso mesmo pretensiosa, aliás, como todos os petistas, e esquerdistas de outras tendências ideológicas, além de anacrônicas, perigosas, porque de vertentes revolucionárias e portanto proto fascistas. E como está sendo chato ter ainda que falar dessa gente que 92% dos brasileiros rejeitam!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EXÍLIO - RAFAEL BRASIL

Saiu a notícia agora da decisão do filho de Bolsonaro Eduardo, deputado federal, de se auto exilar nos Estados Unidos. Decisão acertada, dia...