quarta-feira, 1 de julho de 2015

Mara Gabrili (PSDB) repete mentiras do PT para justificar voto contra redução. A senhora é uma vergonha, deputada!


MaraA deputada Mara Gabrili (PSDB-SP) publicou um texto vexaminoso no Facebook para justificar seu voto contra a redução da maioridade penal.
A tucana repete as mentiras do PT e, assim como o ministro da Justiça (do Foro de São Paulo), José Eduardo Cardozo, mente até sobre o conteúdo da PEC 171/93.
Os internautas já estão desmascarando Gabrili na rede social, mas convém refutá-la aqui por partes:
1) “Para mim, seria muito mais fácil votar pela redução da maioridade penal, evitando críticas. Porém, todos sabemos que a redução não vai diminuir a violência,”.
É o mito número 5 (veja o print) entre os 7 desmascarados pela VEJA semanas atrás.
E olha que o deputado Moroni Torgan (DEM-CE) derrubou o mesmo mito durante o debate anterior à votação, citando inclusive a queda pela metade no Japão, como tuitei na hora. Onde estava Mara Gabrili? No whatsapp com Jandira Feghali?
Captura de Tela 2015-06-30 às 22.20.272) “e eu não poderia votar a favor simplesmente para tirar a sensação de impunidade que existe hoje na sociedade. Reitero: essa medida só tiraria a sensação.”
Mentira. Essa medida tiraria de circulação por mais tempo os CRIMINOSOS entre 16 e 18 anos. O nome deles não é “sensação”. São bandidos que ficariam afastados do convívio em sociedade, impedidos de cometer crimes contra inocentes.
3) “Há quase uma década frequento presídios do país, onde faço palestras. Como conhecedora do sistema prisional brasileiro, sei que está falido e que não recuperamos pessoas ali dentro.”
Nem os melhores presídios do mundo “recuperam” a maioria dos presos, porque há muitos absolutamente irrecuperáveis. Evitar punir bandidos por suposta incapacidade de recuperá-los é uma eterna desculpa da esquerda para não puni-los de forma alguma (nem melhorar o sistema prisional).
Só falta essa gente exigir que se joguem na rua os doentes internados em hospitais públicos porque o serviço de saúde pública é uma porcaria.
4) “Ao contrário, quem entra ali, sai em 7 ou 8 anos (porque não temos prisão perpétua) formado numa escola do crime para, daí em diante, roubar mais, matar mais.”
Roubar mais do que teria roubado em 7 anos de liberdade? Matar mais do que teria matado em 8 anos soltos? Não existe estudo que prove que, no fim das contas, o resultado seria pior para a sociedade. O que existe é a certeza de que, enquanto estão presos, eles oferecem menos perigo.
5) “O texto apresentado ontem na Câmara possibilitaria, por exemplo, que um jovem portando uma porção de maconha compartilhasse a mesma prisão que criminosos adultos de carteirinha.”
MENTIRA! Como ironizou o especialista em Segurança Pública Bene Barbosa, no próprio post da deputada:
Captura de Tela 2015-07-01 às 17.02.27
A PEC 171/93 incluía o tráfico de drogas, não o simples porte de maconha, usado por Gabrili para demonizar a proposta. O texto original está aqui, caso tenha votado sem ler.
Captura de Tela 2015-07-01 às 17.01.056) “Hoje não existem estabelecimentos prisionais diferenciados que poderiam abrigar os jovens.”
O projeto previa justamente a criação desses estabelecimentos, o que a deputada ajudou a impedir com o voto “Não”.
7) “Nossos presídios já estão superlotados. Em pouco tempo, seria preciso começar a liberar presos adultos para dar lugar aos jovens.”
Os jovens entre 16 e 18 anos ficariam nos novos estabelecimentos e só depois iriam para os presídios, já adultos, caso a pena fosse longa. A deputada alegará adiante que o número de menores que cometem crimes graves é baixo, mas aqui usa o argumento contrário, como se eles fossem tantos que entupiriam os presídios.
O nome disso é canalhice.
8) “São os adultos quem mais cometem crimes”
A desonestidade intelectual é evidente. A deputada compara a faixa estreita de jovens entre 16 e 18 anos com qualquer adulto com mais de 18 anos. Como já havia escrito Leandro Narloch em abril: “É claro que o segundo grupo vai ficar com o maior pedaço. Mas se confrontarmos faixas etárias equivalentes, a violência é similar. Brasileiros entre 35 e 37 anos também são responsáveis por uma pequena porcentagem de assassinatos. Deveríamos deixar de condená-los, já que a prisão deles não resolveria o problema de violência no Brasil? Não, claro que não.”
9) “e [os adultos criminosos] já estão sendo soltos por falta de lugar nos presídios.”
Pois que se construam mais presídios, ora! Dois erros (a manutenção da maioridade penal e a precariedade dos presídios) não fazem um acerto.
10) “Isso sim aumenta a violência urbana.”
Para Gabrili, pelo visto, deixar bandido adulto solto aumenta a violência, mas deixar bandido jovem solto, não. É uma “jênia”.
11) “Por outro lado, a recuperação de jovens na Fundação Casa, por exemplo, é significativamente maior do que no sistema prisional.”
Mentira. A deputada não apresenta dados, mas o PT usa dados falsos para fazer comparações falsas, que ignoram a diferença citada da extensão das faixas etárias. Mais: o índice de reincidência de menores é medido pela quantidade de menores pegos novamente pela polícia e não sabemos quantos dos outros continuaram no crime sem ser pegos, neste país que obviamente é mais condescendente com menores que com adultos.
Mesmo assim, a reincidência no DF, por exemplo, é de 75%, segundo o próprio secretário de Segurança, esquerdista.
12) “A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça estima que os menores de 16 a 18 anos – faixa etária que mais seria afetada por uma eventual redução da maioridade penal – são responsáveis por 0,9% do total dos crimes praticados no Brasil. Se considerados apenas homicídios e tentativas de homicídio, o percentual cai para 0,5%.”
MENTIRA E MENTIRA! A Unicef era a fonte do Ministério da Justiça e já negou uma porção de vezes esses dados, como mostrei aqui. O mito do 1% é o número 2 dos 7 derrubados pela VEJA, neste caso com a ajuda da Folha de S. Paulo.
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13) “Ao contrário do discurso corrente, adolescentes não ficam impunes quando praticam atos infracionais equivalentes a crimes. Uma vez considerados culpados, os jovens cumprem medidas socioeducativas. Hoje, temos no país mais de 20 mil adolescentes cumprindo medidas privativas de liberdade em unidades de internação, o que implica restrições de direitos e disciplina semelhante às penitenciárias.”
Uma ova!
Segundo o MP do Rio de Janeiro, dos 508 adolescentes internados atualmente na cidade do Rio, por exemplo, apenas 15 estão há mais de 1 ano internados. O tempo médio de internação é pouco superior a 6 meses. No estado do São Paulo, é de 7 meses. O nome disso é IMPUNIDADE.
14) “Acho, sim, que precisamos rever o ECA e a legislação penal. Aumentar a pena de quem alicia menores para o crime,”
Sobre isso, diz o promotor de Justiça Afonso Henrique Lemos, que entende do assunto muito mais que Gabrili:
“Ressalto que ampliar a pena dos adultos que corrompem os adolescentes é uma medida necessária, porém de pouco efeito prático. Isto porque o adolescente dificilmente é apreendido juntamente com o adulto e a prova de que ele foi corrompido por determinada pessoa é muito difícil de se obter no curso da instrução do processo.”
Mais explicações aqui.
15) “aumentar o tempo de internação de jovens infratores,”
Como disse o promotor: “A proposta de ampliação do prazo de internação [para bandidos menores de idade] será inócua, o que me faz chegar a apenas duas conclusões possíveis em relação àqueles que a defendem: ou estão mal assessorados ou estão agindo de má-fé, buscando iludir seus colegas parlamentares e a população.
Na prática, nenhum adolescente nem sequer permanece dois anos internado e praticamente não há casos de adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação por período superior a 1 ano, ainda que tenha estuprado e matado dezenas de crianças”.
O porquê disso está aqui.
16) “fazer com que a infração praticada permaneça em sua ficha criminal, e que seja considerado reincidente caso pratique crime depois de adulto.”
Enquanto isso, bandidos menores de idade com várias “passagens” pela polícia, como os que mataram a facadas o médico Jaime Gold e com estupros e pedradas a estudante Danielly, permanecem de ficha limpa repetindo e agravando seus crimes.
17) “Precisamos investir em segurança. Precisamos investir em educação.”
Nenhuma “educação” (na verdade, sistema de ensino) do mundo salva todas as pessoas do crime, nem nunca salvará, até porque a vida dos jovens não se resume à escola – e ela compete no mercado das ideias com todo o lixo cultural da sociedade. No caso do Brasil, muitas vezes agravando o lixo, por meio de professores de esquerda que legitimam moralmente o crime, repetindo aos alunos discursos como o de Mara Gabrili.
18) “Estou segura do meu voto, pois votei com a razão.”
O terror jacobino tambem foi feito em nome de “la raison”, deputada.
19) “Votar pela redução seria uma medida populista e irresponsável da minha parte.”
Populista é o discurso mentiroso de Mara Gabrili. “Irresponsabilidade”, para dizer o mínimo, é votar contra a vontade de 87% dos brasileiros movida por mentiras do PT.
20) “Seria enganar a população apenas com a sensação de segurança, mas não com a diminuição da violência.”
Enganar é o que Gabrili faz na sua justificativa. É o que o PSDB, ou ao menos boa parte dos tucanos, faz como “oposição”.
O post vexaminoso é a enésima prova de que esses tucanos apenas concorrem com o PT por cargos, sem qualquer diferença ideológica em relação aos petistas.
Votar “Sim” à redução, Mara Gabrili, seria garantir um pouquinho mais de segurança à população - especialmente a mais pobre, sem condições de se blindar contra os criminosos, ao contrários dos nossos políticos.
Mas a senhora é uma vergonha, deputada! Que bom que muitos já sabem!
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