terça-feira, 17 de março de 2015

Tesoureiro do PT pediu propina de R$ 10 milhões em forma de doação legal, diz empreiteiro


Por Mário Cesar Carvalho, Flávio Ferreira e Felipe Bachtold, na Folha:
O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, disse em depoimento prestado no âmbito de um acordo de delação premiada que o tesoureiro do PT, João Vaccari, pediu que a empreiteira pagasse uma propina de cerca de R$ 10 milhões em forma de doação oficial ao partido. O episódio, segundo Leite, ocorreu “por volta de 2010″. O executivo relata que Vaccari “tinha conhecimento” do esquema de suborno que existia na diretoria de Serviços, ocupada por Renato Duque, que foi indicado ao cargo pelo PT, segundo os procuradores da Operação Lava Jato –o partido e Duque negam que tenha havido a indicação. Duque foi preso nesta segunda-feira (16) novamente.
Leite relata no depoimento que Vaccari abordou-o cobrando propinas que a Camargo Corrêa atrasara o pagamento e sugeriu que a situação fosse acertada por meio de doações ao PT.
(…)
O advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D’Urso, disse que o tesoureiro “repudia as referências feitas por delatores a seu respeito, pois as mesmas não correspondem à verdade”. Segundo nota do advogado, “ele não recebeu ou solicitou qualquer contribuição de origem ilícita destinada ao PT, pois as doações solicitadas pelo sr. Vaccari foram realizadas por meio de depósitos bancários, com toda a transparência e com a devida prestação de contas às autoridades competentes”.
O PT afirmou que só recebe doações legais, declaradas à Justiça Eleitoral. A Camargo Corrêa diz estar colaborando com as investigações da Lava Jato.
Por Reinaldo Azevedo

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