terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O vídeo que exibe amostras da repressão selvagem a opositores do regime chavista enquanto Lula bajula Maduro escancara o sonho do velho comparsa: transformar o Brasil numa Venezuela mais cafajeste



O vídeo começa com um trecho do Jornal da Globo deste 19 de fevereiro. “Agentes de segurança do governo de Nicolás Maduro na Venezuela prenderam de forma que equivale a um sequestro o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, um dos principais líderes da oposição”, informa o jornalista William Waack. “Homens fortemente armados do Serviço Boliviariano de Inteligência Nacional invadiram o gabinete do prefeito e o levaram, sem mandado judicial e sem explicar os motivos da prisão”.
Mesmo prejudicada pela distância que separa a câmera do fato, a sequência de imagens confirma a narrativa — subitamente interrompida pela aparição na tela do ex-presidente Lula. Caprichando na pose de quem contempla a olho nu um  candidato à canonização, o palanque ambulante faz uma escala na TV venezuelana para ajudar o comparsa Nicolás Maduro a manter o emprego de presidente.
“Maduro destacou-se na luta pela construção de uma América Latina mais democrática e solidária”, começa outro ataque pelas costas à decência e à verdade. O som da sabujice entra em colisão frontal com o que se vê: tropas mobilizadas pelo governo esbanjam brutalidade na missão de reprimir manifestações de rua contrárias ao regime bolivariano.
Enquanto a voz roufenha bajula o herdeiro do “nosso querido e saudoso amigo Hugo Chávez”, milícias paramilitares, bandos de policiais e pelotões do Exército protagonizam ataques selvagens a opositores de Maduro. “Os dois compartilharam as mesmas ideias sobre os destinos do nosso continente”, segue em frente o palavrório sabujo. O dinheiro do petróleo foi usado para melhorar a vida dos pobres, exemplifica Lula.
Conversa de 171, não para de berrar o escândalo do Petrolão. Lá como aqui, o dinheiro do petróleo foi usado para promover a milionários os donos do país, ampliar a fortuna dos cúmplices, bancar campanhas eleitorais, financiar a miragem do partido único, irrigar contas bancárias em paraísos fiscais e patrocinar o sonho da eternização no poder, fora o resto.
Maduro jura que anda vendo Chávez em forma de passarinho. Se Lula também for apresentado à versão alada do parceiro morto, o que parece apenas uma façanha póstuma do bolívar-de-hospício talvez seja um providencial conselho aos amigos vivos demais: cuidado com a gaiola.

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