O POPULISMO NA ARGENTINA COMEÇA A
BALANÇAR
Vi agora na televisão que cerca
de 400 mil pessoas participaram em Buenos Aires de uma manifestação contra a
presidente Cristina Kichner. O protesto foi pela ação da presidente de um
acordo com os iranianos, que financiam o terrorismo internacional, para
encobrir o atentado que matou quase uma centena de inocentes numa entidade judaica no país
há quase vinte anos.
Tudo isso resultou no assassinato
do promotor Alberto Nisman que acusaria a presidente do sórdido acordo,
abalando sua já combalida popularidade. Esposa do ex presidente Nestor Kichner,
falecido, esta mulher , está dando continuidade ao processo de empobrecimento
do país, que começou mais especialmente nos anos 40 com a ascensão de Perón ao
poder naquele país.
Até então a Argentina era um dos
países mais ricos do planeta. No pós guerra, era e sexta economia do mundo. No
início do século XX sua economia era o dobro das economias do Canadá e da
Austrália juntas. As elites portenhas sonhavam em rivalizar na América do Sul,
com a economia Norte Americana. A economia argentina era duas vezes maior do
que a do Brasil. Hoje perde da economia de Minas Gerais, e até da Colômbia,
esta sempre com problemas com o terrorismo dos narcotraficantes das FARC.
Tudo, ou quase tudo por lá cheira
à decadência. Um tio meu que visitou o país disse que o edifício presidencial,
a famosa casa rosada, é de uma decadência de dar pena. E o estádio do Boca
Júnior, o clube mais popular do país, perde da ilha do retiro, do nosso
glorioso Sport Club do Recife.
Sabe-se que os argentinos são o
povo que mais tem dinheiro depositado no exterior. Dizem que coisa entre mais
de 300 bilhões de dólares. Quem é doido de deixar seu rico dinheiro nas mãos de
governos além de corruptos, irresponsáveis? Cinquenta anos de peronismo e
instabilidade política com várias ditaduras militares, a última das mais
sangrentas, fazendo a do Brasil parecer
brincadeira de crianças, com cerca de entre quinze mil e vinte mil entre
mortos e desaparecidos, faz o país cada vez mais descer à ladeira. Como um rico
perdulário que fica logo pobre, e ainda acusa terceiros de seu infortúnio.
Pobre Argentina.
O pior é que não existe solução
de curto ou médio prazo. O peronismo ainda é uma força política significativa.
Existem peronistas fascistas e os chamados de esquerda. Brigam entre si, mas
ambas as correntes defendem a primazia do estado sobre a sociedade. Não existe
uma oposição dita liberal, pelo menos por enquanto. Enquanto isso o país
sangra. Até quando?
E no Brasil? Por quanto tempo
durará o lulismo, e os populismos de plantão? Desde Vargas o que observamos é o
engrandecimento do tamanho do estado sobre a sociedade. De certa forma não
temos ainda uma oposição forte, liberal,
de direita. Aliás, por anos de doutrinação ideológica a direita há anos
foi devidamente demonizada. Só temos os cleptocratas do PT e os ditos
social-democratas do PSDB. Até quando a burrice e a imbecilidade tomarão conta
dos nossos políticos? Aqui como lá, o futuro torna-se cada vez mais sombrio.
Que Deus e o papa abençoe a Argentina. E nós também. Saravá!
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