quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

MIRIAM LEITÃO - Promessa da Dilma de crescimento mais rápido será difícil cumprir

Ano novo a gente só pode querer coisas boas acontecendo. Por isso estou na torcida para que 2015 revogue o que os economistas estão prevendo. Mas eles estão prevendo, e é aqui do dever do meu ofício contar, que o ano será difícil. Partes do discurso que a presidente fará à tarde vazaram para os jornais e eles informam que a presidente falará das dificuldades econômicas, mas vai prometer um crescimento mais rápido que os “pessimistas” imaginam.
Na verdade, são realistas as análises que mostram que este será um ano difícil, porque os cortes de gastos que o governo terá que fazer vão reduzir um pouco mais a atividade econômica, que terminou 2014 em zero.
A crise da Petrobras fará a empresa reduzir investimentos. É impossível manter o mesmo plano de investimento porque ela está com dificuldades de pegar empréstimos no mercado. Vai lutar durante o ano para evitar perder o grau de investimento nas agencias de risco. E a Petrobras não investindo muitas outras empresas não investirão. O minério de ferro está em queda e isso está fazendo a Vale também cortar investimento.
O que dá esperança é que mudará a gestão da política econômica e isso dá mais confiança nos agentes econômicos. Pelo menos o governo não persistirá na política econômica que nos trouxe à atual crise.
Ou seja, há um bom cenário: o de que a situação vá melhorando ao longo do ano e se chegue no final de 2015 melhor do que ele começa.
Neste início, o consumidor tem que tomar cuidado: há muitos aumentos de preços já contratados. A energia deve subir muito. Hora de poupar, portanto. E vai subir também o custo do transporte. Janeiro já é um mês difícil, por isso todo o cuidado é pouco. A boa notícia é que o ajuste era necessário e que depois dele pode vir um período melhor. Tomara. Bom ano a todos nós.
Ouçam aqui o comentário na CBN.

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