terça-feira, 18 de novembro de 2014

Até agora, delatores do Petrolão já aceitaram devolver R$ 425 milhões - VEJA.COM


Até agora, delatores do Petrolão já aceitaram devolver R$ 425 milhões

(Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, primeiro a fazer acordo de delação premiada, deve devolver 70 milhões de reais (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Desse total, mais de 350 milhões de reais serão devolvidos por apenas três investigados: Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e Pedro Barusco
De VEJA.com
Os acordos de delação premiada fechados até agora pelos investigados na Operação Lava-Jato da Polícia Federal podem devolver aos cofres públicos 425 milhões de reais. Esse é o montante que cinco delatores já aceitaram restituir ao país em troca de eventual redução de pena. E o número pode crescer, uma vez que há pelo menos nove acordos de delação premiada no âmbito da Lava Jato.
Desse total, mais de 350 milhões de reais serão devolvidos por apenas três investigados: o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco. A seguir, a lista dos delatores – e quanto cada um terá de devolver aos cofres públicos.
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Confissões milionárias
Paulo Roberto Costa: O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras é o único até agora a ter homologado pelo STF seu acordo de delação premiada. Aos investigadores, Costa desvendou as engrenagens do esquema do petrolão. Segundo ele, a organização criminosa que operava na estatal era muito mais sofisticada do que parecia: havia um cartel de grandes empreiteiras que escolhia as obras, decidia quem as executaria e fixava os preços. Era como se a companhia tivesse uma administração paraestatal. Costa e sua família aceitaram devolver 70 milhões de reais.
Alberto Youssef: Apontado como operador do bilionário esquema de desvios investigado pela Lava-Jato, o doleiro aceitou devolver aos cofres públicos 55 milhões de reais. Aos investigadores, afirmou que empreiteiras repassaram dinheiro desviado da Petrobras para a campanha presidencial do PT em 2010 e simularam contribuições legais para ocultar a fraude. E implicou a presidente Dilma Roussef e seu antecessor no esquema.
Augusto Ribeiro de Mendonça Neto: Sétimo investigado a fechar acordo de delação, Mendonça Neto é da Toyo Setal Empreendimentos, que integrou o cartel do petrolão, segundo Costa. Se condenado, será apenado com “prestação de serviços” e o pagamento dos 10 milhões de reais.
Julio Camargo: A Toyo Setal, que tem Camargo como diretor, firmou contratos com a Petrobras que chegaram a soma de 4 bilhões de reais. O executivo foi o primeiro das grandes empresas que mantém negócios com a estatal que aceitou assinar o acordo de delação premiada para obter redução de pena.
Camargo é investigado sob suspeita de pagar propina para conseguir obras da Petrobras. Três empresas controladas por ele, que também é sócio da Auguri, Piemonte e Treviso, fizeram depósitos de 13,4 milhões de reais à GFD Investimentos, firma de fachada do doleiro Alberto Youssef. Fechou acordo para devolver 40 milhões de reais.
Pedro Barusco: Braço-direito do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, Pedro Barusco se comprometeu a devolver aos cofres públicos 97 milhões de dólares – ou 253 milhões de reais. Camargo e Mendonça Neto relataram em depoimentos que pagaram mais de 30 milhões de reais a Duque e Barusco.

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