sábado, 22 de novembro de 2014

A farra da quadrilha Lula-Dilma: BNDES concedeu R$ 2,4 bilhões às empresas investigadas pela Lava Jato


Dyelle Menezes e Gabriela Salcedo - Contas Abertas


emprestimo


O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) concedeu financiamentos de R$ 2,4 bilhões para as nove empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato, entre 2003 e junho de 2014. Ao longo dos anos, foram 2.481 operações realizadas, sendo que 2.471, ou R$ 1,6 bilhão, foram “financiamentos indiretos automáticos”, geralmente concedidos às micro, pequenas e médias empresas.

Tais operações não precisam passar por avaliação prévia do BNDES e possuem limite máximo de R$ 20 milhões em crédito. A empreiteira mais beneficiada por este tipo de financiamento foi a Camargo Corrêa, que conquistou R$ 502,5 milhões por meio de 857 operações, ou seja, média de R$ 586,3 mil por empréstimo.

A Odebrecht também conseguiu crédito alto: R$ 449,4 milhões em 412 empréstimos. Se considerada a média por operação, os financiamentos concedidos para a empreiteira foram os mais generosos, de R$ 1,1 milhão.

Em seguida, no ranking, estão a Queiroz Galvão – a quem o banco concedeu R$ 401,2 milhões em 619 operações, média de R$ 648,2 mil por operação – e a UTC, que contraiu financiamentos com o banco no valor de R$ 134,2 milhões por meio de 410 operações, média de R$ 327,3 mil.

Ainda de maneira indireta e automática, as empresas menos favorecidas foram a Mendes Junior (R$ 56,1 milhões em 89 operações), Galvão Engenharia (R$ 39,8 milhões em 50 operações), OAS (R$ 18,1 milhões em 16 operações) e Engevix (R$ 9,6 milhões em 12 operações). A Iesa, por sua vez, possui seis financiamentos no valor total de R$ 971,5 mil.


Operações diretas e indiretas não automáticas

As operações “diretas” e “indiretas não automáticas” somaram R$ 788,5 milhões. Nos financiamentos diretos, o interessado necessita apresentar ao BNDES documento em que são descritas as características básicas da empresa e do empreendimento para a análise do Banco. Já os financiamentos indiretos não automáticos também precisam de aprovação prévia do BNDES, mas nesse caso as operações são individualmente avaliadas e aprovadas, com o valor mínimo de R$ 20 milhões.

A Camargo Corrêa conseguiu financiamentos de R$ 654,1 milhões nesses tipos de operação. Entre as iniciativas aprovadas estão, por exemplo, a expansão e modernização das plantas de fabricação de cimento em cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Já a Engevix financiou R$ 100 milhões de capital de giro.

A Odebrecht, por sua vez, somou R$ 34,4 milhões em financiamentos. A empresa angariou os recursos para a aquisição de máquinas e equipamentos para operação de prestação de serviços de contrato com a Petrobras. Também financiou verbas para a ampliação da base de apoio logístico da empresa em Macaé, no Rio de Janeiro.


Outro lado

O BNDES não quis fazer comentários específicos sobre as empreiteiras relacionadas à operação Lava Jato da Polícia Federal. Porém, explicou que, apesar das operações indiretas automáticas serem concedidas em maior quantidade às micro, pequenas e médias empresas, podem ser realizadas por grandes empresas.

As operações indiretas automáticas são utilizadas por empresas de qualquer porte para, por exemplo, aquisição de máquina ou equipamento avulso. “Portanto, o que define a realização de uma operação direta ou indireta não é o porte da empresa tomadora, mas o tamanho e característica da operação”, explica nota

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