Por Mario Cesar Carvalho, na Folha:
Um executivo de empresa investigada sob suspeita de pagar propina para conseguir contratos da Petrobras disse em seu acordo de delação premiada que o ex-diretor da estatal Renato Duque fazia parte do esquema e recebia suborno, de acordo com duas pessoas que atuam na Operação Lava Jato. O nome do ex-diretor da estatal foi citado por Julio Camargo, executivo da Toyo Setal e primeiro integrante de uma grande empresa investigada sobre desvios na Petrobras a fazer um acordo de delação com procuradores da Operação Lava Jato.
Um executivo de empresa investigada sob suspeita de pagar propina para conseguir contratos da Petrobras disse em seu acordo de delação premiada que o ex-diretor da estatal Renato Duque fazia parte do esquema e recebia suborno, de acordo com duas pessoas que atuam na Operação Lava Jato. O nome do ex-diretor da estatal foi citado por Julio Camargo, executivo da Toyo Setal e primeiro integrante de uma grande empresa investigada sobre desvios na Petrobras a fazer um acordo de delação com procuradores da Operação Lava Jato.
Camargo afirmou que a Toyo pagou propina para obter contratos. Três empresas controladas pelo executivo (Treviso, Piemente e Auguri) repassaram R$ 13,4 milhões à GFD Investimentos, firma de fachada controlada pelo doleiro Alberto Youssef. O montante era para pagamento de propina, de acordo com os procuradores.
Duque foi diretor de serviços da Petrobras entre 2003 e 2012, indicado para o cargo pelo ex-ministro José Dirceu. Ele foi demitido junto com Paulo Roberto Costa, que ocupou a diretoria de abastecimento entre 2004 e 2012, foi preso pela Polícia Federal e também fez um acordo de delação premiada para tentar obter uma pena menor. Costa, que confessou uma série de crimes e vai devolver cerca de R$ 70 milhões que ganhou ilicitamente, já havia citado o nome de Duque em depoimento que prestou na Justiça federal.
Segundo Costa, o PT ficava com 3% do valor líquido dos contratos assinados pela diretoria de serviços. Na sua delação, Costa citou que ajudou a arrecadar recursos para a campanha de Lindberg Farias (PT), candidato derrotado ao governo do Rio. A Toyo Setal, filial de uma empresa japonesa, a Toyo Engineering, tem contratos com a Petrobras cujos valores somam cerca de R$ 4 bilhões.
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