terça-feira, 2 de setembro de 2014

Nervosa, atrapalhando-se com as palavras, consultando textos e precisando ler para responder, Dilma vai mal no debate do SBT - VEJA.COM

Nervosa, atrapalhando-se com as palavras, consultando textos e precisando ler para responder, Dilma vai mal no debate do SBT

Dilma questiona Marina:   (Foto: Reprodução SBT)
Dilma questiona Marina: logo de cara, a presidente se confundiu com as regras do debate e admitiu “nervosismo” (Foto: Reprodução SBT)
Questionada e pressionada por todos os demais seis candidatos à Presidência no debate recém-encerrado pelo SBT, a presidente Dilma Rousseff (PT), aspirante à reeleição, teve uma atuação fraca e sai como a grande perdedora.
Nervosa, algo que admitiu logo no início do programa ao mostrar desconhecimento das regras do debate, Dilma repetiu sucessivamente cantilenas de realizações que ninguém vê, de melhorias que não se identificam e de feitos que só constam do mundo dos sonhos, como a contenção da inflação e o crescimento econômico.
Atrapalhando-se, como sempre, com as palavras, a presidente não deixou uma só vez de consultar textos feitos por sua assessoria ao endereçar perguntas, comentar respostas ou oferecer tréplica. Quando tentou improvisar, tropeçava nas frases e, num universo — o da imagem — em que o que se vê é mais importante do aquilo que se ouve, naufragou.
Eduardo Jorge debate com Aécio
Eduardo Jorge debate com Aécio: nanicos acabaram dando ao candidato tucano o espaço que Dilma e Marina, espertamente, recusaram (Foto: Reprodução SBT)
Aécio Neves (PSDB), desta feita, criticou com mais dureza o governo do que no debate anterior, o da Band, assinalando sempre que possível que a gestão Dilma “fracassou”, afirmando que nenhuma das supostas providências anti-corrupção que a presidente disse ter adotado funcionou e, entre outros pontos, lembrando que há um importante ex-diretor da Petrobras preso. Deixou, porém, de bater em pontos fracos do governo lulopetista, como, entre muitos outros, sua incompreensível aliança com o regime de Cuba.
Marina Silva (PSB), sem perder a postura de Gandhi que costuma adotar, acabou sendo mais direta e clara nas críticas, falando do descontrole da inflação, da paralisia na economia e dos “péssimos serviços prestados à população”, e teve um de seus melhores momentos fustigando Dilma ao assinalar:
– Quando as coisas vão bem, os louros vão para seu governo. Quando vão mal, a culpa é da crise externa ou até da natureza.
Em outro bom momento, Marina disse que é incapaz de reconhecer os erros de seu governo, e sentenciou:
– Se não se reconhecem os erros, não há como repará-los.
Dilma e Marina, em uma tática correta do ponto de vista de seus interesses eleitorais, ignoraram Aécio, que, porém, teve oportunidade de dar seus recados graças a perguntas ou indicação para comentar provenientes dos candidatos nanicos, dos quais, como sempre, o mais patético foi o candidato profissional Levy Fidelix (PRTB), já em sua 10ª campanha eleitoral, todas sem o mais remoto sinal de qualquer repercussão no eleitorado.
O debate, iniciado às 17h45, durou 1 hora e 49 minutos. Foi transmitido pelo SBT e pelos coorganizadores — o portal UOL, o site do jornalFolha de S. Paulo e a rádio Jovem Pan.
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