segunda-feira, 16 de junho de 2014

FHC: 'Lula veste carapuça e rebaixa nível da campanha'

Eleições 2014

FHC: 'Lula veste carapuça e rebaixa nível da campanha'

Petista disse que tucano comprou votos no Congresso para aprovar a reeleição presidencial. "Ninguém teve a coragem de levar essa falsidade à Justiça", diz FHC

Felipe Frazão
O candidato à presidência, Aécio Neves e o ex-presidente FHC durante Convenção Nacional do PSDB, em São Paulo
O candidato à Presidência, Aécio Neves, e o ex-presidente FHC durante Convenção Nacional do PSDB, em São Paulo (Tom Dib/ACOM Bruno Covas)
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) reagiu nesta segunda-feira à declaração de seu sucessor, o ex-presidente Lula (PT), que o acusou de ter comprado votos, em 1996, para aprovar a emenda constitucional que instituiu a reeleição no ano seguinte. Sem nenhuma menção ao maior escândalo de corrupção da história do país, que marcou seu governo e terminou com seus aliados presos, Lula disse que FHC "estabeleceu a promiscuidade entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional, quando começou a comprar voto para ser aprovada a reeleição, em 1996".
Em nota, FHC rebateu: "Lamento que o ex-presidente Lula tenha levado a campanha eleitoral para níveis tão baixos", afirmou o tucano. "A acusação de compra de votos na emenda da reeleição não se sustenta: ninguém teve a coragem de levar essa falsidade à Justiça."
Neste domingo, Lula aproveitou a convenção estadual do PT para homologar a candidatura do ex-ministro Alexandre Padilha (Saúde) ao governo de São Paulo para conclamar militantes a fazer uma campanha contra o "ódio da oposição e das elites" ao partido, à presidente Dilma Rousseff e ao prefeito paulistano Fernando Haddad – uma reação aos índices em declive de aprovação de Dilma e ao desgaste do PT. Lula também disse que a oposição tentou tirá-lo da Presidência por meio de golpe, em 2005, auge do mensalão.
O ex-presidente FHC virou alvo de Lula porque participou no sábado da Convenção Nacional do PSDB que escolheu Aécio Neves como candidato à sucessão de Dilma. FHC discursou contra "ladrões" e "farsantes": "As urnas clamam, querem mudança. Elas cansaram de empulhação, corrupção, mentira e distanciamento entre o governo e o povo". Na ocasião, Aécio disparou: "Um tsunami vai varrer do governo aqueles que não têm se mostrado dignos de atender às demandas da sociedade". Os petistas reagiram dizendo que "no Brasil não tem tsunami" e que a onda gigante deveria servir para "trazer água de volta ao Sistema Cantareira" – em referência à crise de abastecimento no governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Leia a íntegra da nota de FHC:
Lamento que o ex-presidente Lula tenha levado a campanha eleitoral para níveis tão baixos. Na convenção do PSDB não acusei ninguém; disse que queria ver os corruptos longe de nós. Não era preciso vestir a carapuça. A acusação de compra de votos na emenda da reeleição não se sustenta: ninguém teve a coragem de levar essa falsidade à Justiça. Não é verdade que a oposição pretendesse derrubar o presidente Lula em 2005. Na ocasião, pedimos justiça para quem havia usado recursos públicos e privados na compra de apoios no Congresso, o que foi feito pelo Supremo Tribunal Federal. Apelo às lideranças responsáveis, do governo e da oposição, para que a campanha eleitoral se concentre na discussão dos problemas do povo e nos rumos do Brasil.

Um comentário:

  1. Eu votei duas vezes em FHC.Mas quando ele vendeu mais de R$ 70 bilhões do patrimônio público brasileiro e ainda deixou o Brasil quebrar tomando US$ 30 bi ao FMI deu vontade de quebrar a televisão com ele e tudo.

    Foi o maior erro da via FHC ter criado o INSTITUTO DA REELEIÇÃO sem regrar eleitoral nenhuma.São vinte anos que as lideranças não se renovam quase no Brasil inteiro. Parece piada FHC afirmar que não comprou apoio para aprovar a reeleição! Ele e Mendonça Filho são hoje os responsáveis por todos os Presidente, governadores e prefeitos usarem a MÁQUINA PÚBLICA para se perpetuarem no poder. O CULPADO DISTO TUDO SE CHAMA FHC E PSDB!

    ResponderExcluir

O ESTADO POLICIAL AVANÇA - RAFAEL BRASIL

O estado policial do consórcio PT STF avança contra a oposição. Desde a semana passada, dois deputados federais tiveram "visitas" ...