ELEIÇÕES 2014: Porque os números do Datafolha de sexta-feira são muito ruins para Dilma
Deixei de comentar no dia — na sexta-feira, 6 — mas, com essas coisas (pesquisa de intenção de voto para presidente), nunca é tarde para dar um pitaco.
Quem achar que é implicância o que vou escrever sobre a presidente Dilma, que ache — fazer o quê?
Faço a análise que acho correta dos dados do Datafolha, na minha modesta opinião pessoal o instituto mais confiável de todos, por não trabalhar nunca para partidos e candidatos.
Aécio Neves (PSDB) mudar de 20% das preferências para 19% significa, na prática, estabilidade, ainda mais para um pré-candidato que tem até agora exposição quase zero nas emissoras de TV e que ainda não é suficientemente conhecido pelo eleitorado.
Já a presidente Dilma cair de 37% para 34% — mais uma queda, entre várias que vêm ocorrendo em diferentes institutos — é um sintoma grave para uma candidatura que começou explodindo de favoritismo.
Pior do que para Dilma são as notícias que chegam a Eduardo Campos, do PSB, o ex-governador de Pernambuco que se aliou a Marina Silva. Ir de 11% para 7% significa realmente desabar, acima de qualquer margem de erro.
Ainda é cedo para dizer isso, mas começa a apontar no horizonte uma fuga de eleitores de Campos-Marina rumo aos indecisos e que, como não são votos petistas, poderão cair no colo de Aécio mais adiante.
A foto tirada pelo Datafolha ao realizar o levantamento não é agradável para a presidente em vários outros aspectos. Ela apresentava 44% das intenções de voto no Datafolha de fevereiro, e Aécio e Eduardo Campos, juntos, chegavam a 25% — uma diferença de 19 pontos percentuais. Agora, em maio, os dois candidatos de oposição têm praticamente a mesma coisa, pouquinho mais (26%), mas, com seus 34%, Dilma fez a diferença realmente DESPENCAR — de 19 pontos percentuais para apenas 8!!!
Outro dado péssimo para a presidente para se refere ao segundo turno. Se em fevereiro ela venceria um dos nomes da oposição — no caso, Aécio — com o dobro dos votos, ou seja, 54% a 27% dos válidos, em junho a presidente exibe 46%, ao passo que Aécio pula para com 38%.
Dilma caiu 8 pontos, Aécio, sem cobertura quase alguma na TV, subiu 11— a diferença diminuiu uma enormidade, repito, uma ENORMIDADE, passando de 19 pontos percentuais para somente 8.
Também diminuiu a rejeição a Aécio e a Eduardo Campos, e subiu a de Dilma, mas, como lembrou o Reinaldo Azevedo, referindo-se a dados aos quais a mídia confere pouquíssimo destaque, “nada menos de 74% dos que responderam à pesquisa esperam que as ações do próximo governo sejam diferentes das que aí estão, e só 21% querem mais do mesmo”.
E Reinaldo conclui: “Quando indagados sobre quem poderia, então, operar essas mudanças, o nome mais lembrado ainda é o de Lula, com 35%, mas quem aparece em seguida, com 21%, é o tucano Aécio Neves. Dilma está apenas em terceiro, com 16%. Vale dizer: as pessoas querem outro rumo para o país e não acham que a atual presidente seja capaz de liderar a transformação”.
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