Eduardo Campos chama a atenção para um efeito que teria a revogação da Lei de Anistia: anistiados que participaram da luta armada poderiam ser processados criminalmente e condenados
As afirmações do pré-candidato do PSB à Presidência, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, contrárias à revogação da Lei da Anistia, de 1979, provocaram diferentes controvérsias — inclusive com alguns apontando incoerências entre uma e outra manifestação.
Para mim, porém, o que chamou a atenção foi o que Campos escreveu a respeito em recente artigo na Folha de S. Paulo, chamando atenção para algo que nunca vi incluído nas discussões a respeito — e que tem a ver com os anistiados que participaram da luta armada, e não com os agentes da repressão, principal objeto da campanha para revogar a lei.
Escreveu Campos, a certa altura:
“Os que falam em rever a Lei de Anistia permitem, involuntariamente, reabrir possibilidades jurídicas para criminalizar, uma segunda vez e agora na democracia, quem lutou contra a ditadura por meio da luta armada. A eventual revisão da lei colocaria em risco todos [os] que dela se beneficiaram”.
Será que os diferentes grupos políticos empenhados no fim da Lei de Anistia levaram isso em conta?
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