DE OLAVO DE
CARVALHO PARA OS AMANTES DA “REVOLUÇÃO CUBANA”
Ainda temos muitos amantes da chamada “revolução cubana”,
sobretudo na esquerda tupiniquim. Aliás, se formos observar direitinho, com o
voluntarismo da luta armada, e a “teoria” do foco revolucionário, só traria
mais dissabores para a historicamente frágil democracia latino-americana.
Enquanto os comunistas do continente aplicavam fielmente a
política da détente, de acomodação com o capitalismo, apoiando as chamadas
burguesias nacionais e seus representantes contra o imperialismo americano,
política esta tomada desde o trágico último governo Vargas, de triste memória,
a revolução cubana contrariando esta política incendiou a maior parte das
esquerdas em prol da luta armada.
Como sabemos, o terrorismo de esquerda fez a alegria dos
setores mais duros dos regimes militares, dando-lhes uma maior sobrevida e
apoio dos EUA. O endurecimento e prolongamento da nossa ditadura deve-se ,
dentre outros fatores, ao radicalismo voluntarista destas esquerdas. Muitos
desses grupos treinados e financiados pelos cubanos, claro, com dinheiro
soviético.
Depois de cinquenta anos de involução, esta seria a palavra
certa, a situação de Cuba piorou mais do que significativamente. Fidel e
companhia lascaram literalmente o país. Quando cair o comunismo na ilha, claro,
o capitalismo vai voltar para lá com toda a força, e pela proximidade
geográfica e pelas elites financeiras cubanas que moram nos EUA, logo a
economia da ilha vai deslanchar.
Vejam a deterioração da economia , da cultura e educação cubanas
depois de implantado o socialismo, segundo Olavo de Carvalho, o maior
intelectual do Brasil contemporâneo, que praticamente se auto-exilou nos
Estados Unidos: “ Em 1957, dois anos antes de Fidel Castro chegar ao poder,
Cuba tinha mais médicos per capita do que os Estados Unidos (e não com o atual
salário de trinta dólares por mês), sua taxa de mortalidade infantil era mais
baixa da América Latina ( a décima terceira do mundo, inferior à da França, da
Alemanha Ocidental, da Bélgica e Israel), sua renda per capita era o dobro da
espanhola, a participação dos trabalhadores cubanos no PNB era
proporcionalmente o maior que a dos suíços e a taxa nacional de alfabetização
era de oitenta por cento. E Cuba era lotada de imigrantes, não de virtuais
fugitivos”. Precisa dizer mais? Claro, ninguém divulga dados como estes.
Só que a esquerda caviar no dizer do liberal Rodrigo
Constantino, na verdade odeia pobreza. Todo socialista de carteirinha nunca
deseja ser operário, ou mesmo viver como cidadão comum num regime comunista. Só
querem ser comissários e fazerem parte nas conhecidas nomenklaturas do partido
comunista. Em outras palavras, só querem luxo e o resto é que se dane. Aliás,
Cuba tinha muitas máfias atuando. Agora só tem uma, e que é realmente a mais
poderosa, que é a máfia do PCC ( partido comunista cubano ). O resto é farofa.
Aliás, por lá nem farofa estão comendo mais. Tudo só com uma carteirinha do
PCC.
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