A ECONOMIA JOGA CONTRA O GOVERNO
A desestruturação da economia começou no segundo governo
Lula. Como quase tudo andava bem com o crescimento global, nossas exportações
de minérios e produtos agrícolas garantiam, como até hoje garantem, saldos
positivos na balança comercial. A autoconfiança do entusiasmado governo Lula
fez o governo gastar mais. Ideologicamente o governo é a favor de uma maior
presença do estado em todos os setores da vida econômica e social, mas o
equilíbrio das contas passava, como até hoje passa, pela ampla reforma e
enxugamento do estado. Lula contratou mais gente, fazendo concursos
públicos e dando generosos aumentos salariais aos funcionários federais. Ampliou os benefícios das máfias sindicais,
dando dinheiro às confederações para ajudar principalmente seu braço sindical,
a CUT. Além disso, livrou os sindicatos da fiscalização do estado que era feita
através do Tribunal de Contas da União.
Para completar fez uma política externa desastrosa, para dizer o mínimo, com o
contraproducente caminho da ideologização esquerdista da política externa, digamos assim. Fazendo
com que nos afastemos cada vez mais dos países mais desenvolvidos, sobretudo os
Estados Unidos e nos aproximemos de países que apoiam o terrorismo
internacional como o Irã, e cacarecos políticos e ideológicos como Cuba e
Venezuela, na América Latina. Aliás na
América Latina o Brasil faz o jogo do chamado e admirado por um grande número
de petistas, o bolivarianismo, ou o que isso possa representar. Ou seja, o velho populismo mais abjeto, que
ressurgiu das cinzas da destruição das instituições democráticas por uma elite
essencialmente corrupta, como na Venezuela.
Será que estaremos indo por esse caminho? Primeiro desmoraliza-se as instituições
democráticas. Depois vamos para o matadouro da ditadura. Este movimento já conhecemos pela direita, nos tempos da guerra fria. Pela
esquerda pode ser muito pior. Como os nazistas, usam a democracia para
implantar ditaduras. Veladas ou disfarçadas.
A conta do populismo na economia está chegando. As contas do
governo são fajutas, todo cidadão minimamente informado sabe. Seja quem for o
próximo presidente, vai ter que apertar tudo. As reformas necessárias são
essencialmente impopulares. Como dizer ao povo que o estado não pode empregar
todo mundo, restando ao governo criar condições para que o
capitalismo realmente seja implantado no país? E que a atração de capitais
passaria por uma ampla reforma e diminuição do estado? E que seria necessário amplas reformas para que o Brasil se tornasse
uma terra atrativa para investimentos de todos os tipos. Sobretudo na chamada
infraestrutura e na educação, com reformas que priorizem a criatividade e a
produtividade. O Brasil produz mal e tem uma mão de obra amplamente
desqualificada. Na educação, o sócio construtivismo produziu duas gerações de
analfabetos fazendo com que quase a metade de nossos estudantes universitários
terminem seus cursos como analfabetos funcionais. Inclusive os já muitos com mestrado e
doutorado. Aqui, busca-se o título, que vale mais do que a sabedoria.
Em outros termos o governo é conservador e reacionário na
medida em que reage até com raiva a mudanças. Quer perpetuar um modelo que vem
perdurando desde os tempos de Vargas. Enquanto tudo isso persistir, afundaremos
nos mares da já secular estagnação. Se
Dilma vencer teremos o aprofundamento da crise.
Ideologicamente o governo é contra o capitalismo e só faz as privatizações,
quando as mesmas se mostram absolutamente necessárias, como agora na exploração
do pré sal quando o governo precisa de dinheiro, justamente para amenizar o
rombo nas contas públicas. A
deterioração da economia pode derrubar o governo Dilma. Pode derrubar qualquer
governo que tenha a coragem de redirecionar radicalmente nossa economia,
rumo ao capitalismo. Precisamos de um
estadista que possa comandar este processo. Infelizmente não temos. Todos
propõem melhorar o que está aí. E muita coisa precisa mesmo ser destruída para
a efetiva implantação de um capitalismo forte e uma radical abertura econômica
do país. Sem os quais jamais sairemos da miséria. Que não é só material, mas
sobretudo intelectual.
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