sábado, 21 de setembro de 2013

REAÇÃO DO GOVERNO A ESPIONAGEM AMERICANA SÓ FOI JOGO DE CENA ELEITOREIRA

Diplomacia

Brasil manda estagiária para reunião sobre a espionagem

Diplomatas ficaram surpresos com silêncio brasileiro no encontro na ONU

A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de sanção da lei que destina recursos dos royalties do petróleo para educação e saúde, no Palácio do Planalto
Dilma anunciou que apoiaria ação global contra espionagem, mas Itamaraty mandou estagiária à reunião na ONU (Celso Junior/Reuters)
O governo brasileiro enviou para a reunião da cúpula de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) que discutiria espionagem na sexta-feira, em Genebra, uma diplomata de baixo escalão que acabou substituída, durante o dia, por uma estagiária. O Brasil chegou a patrocinar a convocação do encontro, ao lado de Alemanha e países escandinavos. Nas duas horas de reunião, no entanto, a delegação brasileira não pediu a palavra uma só vez e a estagiária se limitou a tomar nota do que dizia cada um dos participantes. Enquanto isso, a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo, promovia um almoço para sua despedida do cargo.
A presidente Dilma Rousseff promete usar seu discurso na Assembleia-Geral da ONU na semana que vem para levantar o assunto. Na sexta, porém, ONGs e diplomatas de vários países se surpreenderam diante do silêncio do governo do Brasil. Na reunião, diplomatas discutiram o caso brasileiro, em que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) é suspeita de monitorar e-mails da própria presidente, além de dados sigilosos da Petrobrás. O encontro contou com a alta comissária Navi Pillay e o relator da ONU para Liberdade de Expressão, Frank La Rue. Ficou acertado que a ONU deverá convocar ainda neste ano uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos para debater de novo o tema. A meta é que uma resolução seja apresentada para esclarecer qual a posição do direito internacional em relação à espionagem.

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