terça-feira, 20 de agosto de 2013

REYNALDO BH COMENTA AS PRÉVIAS DO PSDB

20/08/2013
 às 12:17 \ Feira Livre

Reynaldo-BH comenta as prévias do PSDB

REYNALDO ROCHA
Não acredito em jogadas de mestre. Acredito em erros de adversários. Toda “jogada de mestre” nasce de um erro aproveitado.
Aécio Neves aceitou disputar prévias para indicação à candidatura do PSDB às presidenciais de 2014. Contra quem? Contra quem apresentar o nome para a escolha.
Antes, nas últimas eleições, Aécio propôs esse sistema. Foi ignorado por Serra, que alegou ter o partido ao seu lado e, assim, achar dispensável perguntar quem seria o candidato contra o lulopetismo.
Aécio foi ignorado. E foi marginalizado na campanha ─ exatamente por esta proposição, acredito. O imperial José Serra não perdoou a ousadia de Aécio. Afinal, ele era o ungido. Aécio nunca deu margem a insinuações ou rumores de que poderia trocar de partido para ser lançado como candidato. Preferiu esperar. E cuidou de Minas Gerais, elegendo-se senador, fazendo de Itamar o segundo, e elegeu Antônio Anastasia.
Tentou auxiliar Serra na campanha. Foi escanteado pelo marqueteiro especialista em derrotas que Serra sempre idolatrou. Certamente por falar o que queria ouvir.
Assistimos agoniados – nós, eleitores de oposição – à errática e confusa campanha que não dizia o que pretendia, elogiava adversários, não batia (só apanhava), não se mostrava diferente do que existia e insistia em ser surda. E muda.
Deu no que deu. Dilma é fruto mais da incompetência de Serra do que de uma pretensa genialidade de Lula.
E agora? Serra aceitará disputar a prévia que negou a Aécio? E se perder, o que é mais que previsível? Saíra do PSDB em busca de alguma legenda que o acolha na tentativa de ser derrotado mais uma vez? Abandonará a campanha, negando até o apoio que ainda tem em São Paulo?
De Serra tudo pode se esperar. Até a decência de entender que não é Aécio (ou o PSDB) que não o quer mais como candidato. Somos nós. Nada contra a integridade, dignidade e honradez que sempre demonstrou ter. Mas tudo contra a prepotência, e a certeza de ser o único ser humano dotado de alguma inteligência. Votar em Serra, para ele, não é opção. É obrigação. Não é escolha: antes, imposição. Não é análise, mas sim adesão.
Quando se é esperto demais até as atitudes mais banais dão espaço para que se arrependa das asneiras cometidas. Não é o caso de Serra, o que nunca erra. Mas sempre perde.
Não sou filiado a nenhum partido. Portanto, não voto e não tenho interesse em votar em Aécio, Serra ou outro qualquer. Mas sou um observador atento a cenários, que, usando e abusando de um bairrismo sem sentido, tenta formatar mais uma derrota frente ao verdadeiro adversário.
Não foi um golpe de mestre. Foi uma bola lançada na área, sem goleiro ou zagueiro. Que Serra prepare um excelente argumento para sair do partido e buscar uma candidatura natimorta.
Que a prévia seja – como a palavra diz – uma antevisão do cenário posterior. E que Serra entenda que o tempo passa.

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