terça-feira, 2 de abril de 2013

SECA E BUROCRACIA - RAFAEL BRASIL

Estive recentemente no banco do nordeste para refinanciar uma dívida. O banco estava cheio, com a maioria das pessoas humildes da zona rural. Olhares desolados, tanto com a seca, como pela pesada burocracia que oprime a todos. 
Um funcionário do banco me disse que, na maioria dos empréstimos destinados a agricultura familiar, o dinheiro deveria sair logo, pois era a fundo perdido, e ainda mais com a situação de emergência da seca, tudo deveria ser mais rápido. Mas não, tudo precisa de um projeto, para tirar, na maioria dos casos, dois mil e quinhentos contos de réis. Quando muito, doze mil.
A burocracia é uma das maiores pragas nacionais. E desde os infindáveis anos do império.  Claro, por trás, existem os velhos interesses corporativos. 
No olhar do velho Graciliano Ramos, o opressor imediato do pobre camponês nordestino era a polícia. Continua sendo, mas agora tem o gerente do banco e a burocracia infernal do estado brasileiro. Que só serve às corporações petrificadas em todas as instâncias do estado brasileiro. Uma vergonha nacional.

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