
PROFESSOR
Na educação, há muito não se tem mais segredos. O professor tem de saber ensinar os conteúdos, os alunos aprendê-los. Desde o final do século XIX que a meritocracia é fundamental na escolha dos funcionários públicos, sobretudo os professores na velha Europa. Por isso, dentre outros fatores, a universalização do ensino se deu pelo final do século XIX. Os EUA aí incluídos. E educação inclui disciplina rigorosa. Não tem essa história de aluno bagunçar em sala de aula, e mesmo desrespeitar os professores. Democracia é respeito, sobretudo às instituições democráticas. E se aprende também na escola. As lei são brandas com alunos malfeitores ou marginais. Devem ser punidos exemplarmente e não com psicologia ou pedagogia de botequim. Se o aluno tiver problemas, que se encaminhe a um psicólogo. Se for doente mental, a um psiquiatra. Se for apenas delinquente, para o reformatório, ou para a cadeia. Querem que o pobre professor seja psicólogo, assistente social e até psiquiatra. Quase ninguém fala disso, mas as escolas melhor avaliadas são justamente aquelas que impõem a ordem e o respeito à hierarquia. Nas escolas públicas, destacam-se as militares. Claro, também essas escolas têm um rigoroso processo seletivo. O resto é farofa.
EDUCAÇÃO LÁ FORA
Na velha Europa, aluno não tem essa bola toda. Na França, ainda recebem cocorotes e tapas na boca, para se comportarem. No Oriente, a velha tradição confuciana de respeito à ordem e hierarquia vem de milênios, no bojo da velha cultura chinesa. Transgrediu, dançou. Aqui, aluno respeitado é o chamado rebelde, na verdade, em sua maioria, o delinquente. Que são encarados sobretudo como vítimas sociais, coitadinhos... O aluno ordeiro, estudioso e bom de notas é considerado muitas vezes um babaca. Um pária da turma. E o professor tem que aguentar tudo, inclusive os tradicionais baixos salários. Aqui confunde-se democracia com falso liberalismo. Democracia na educação é escola de qualidade para todos. Com professores ensinando bem e os alunos ordeiramente aprendendo, priorizando os melhores, os que se destacam, claro, óbvio ululante. Não os vadios. Sim! Na alfabetização tem que voltar o método tradicional. Abaixo os construtivistas que enterraram o ensino básico. Viva a volta da boa e tradicional cartilha do ABC. E da tabuada, por que não? Isto para começar.
Texto do inoxidável Rafael Brasil, escrito em 2010, com pequenas adaptações.
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