A pequena abertura proporcionada ao capitalismo por Fernando Henrique, e mantida , mesmo tropegamente, pelos governos petistas, proporcionou uma gigante mobilidade social, com a emergência da chamada nova classe média. O bom da história é que, uma boa democracia é sustentada pelas classes médias, que tendem , com o aumento da educação e consequentemente da informação, se transformar em uma massa crítica, a favor do aperfeiçoamento constitucional, contrárias à corrupção da politica, hoje infelizmente quase generalizada. Só a introdução do capitalismo livre concorrencial, para seguir as palavras do pensador comunista italiano Antônio Gramsci, pode mudar mais facilmente nossa podre estrutura política. Por essas e outras, quem é corrupto nem quer saber de capitalismo, pois precisam, através do estado,
manter suas clientelas, dentre outras coisas.
ESTADO PATRIMONIALISTA
O estado brasileiro , para manter as inúmeras clientelas, que vão desde a chamada burguesia nativa, aos mais pobres da bolsa família, cobra uma alta taxa de impostos de todos, inibindo o crescimento econômico das empresas e uma significativa melhora nos níveis de qualificação do trabalho,que é baixo, dado sobretudo os baixos níveis de educação. É preciso urgentemente desburocratizar e democratizar o estado, reformando-o radicalmente. Fazer o dever de casa na educação, e abrir o país para investimentos, sobretudo na área de infraestrutura, que é o maior entrave ao desenvolvimento das forças produtivas nos dias que correm. Atualmente só sobra um por cento para investimentos. Aliás, só para ficarmos neste exemplo, o rombo na previdência pública fica na ordem dos setenta bilhões. O que sobra para investir é quarenta. Precisa dizer mais? O montante do dinheiro arrecadado vai para as chamadas despesas correntes, ou seja, para manter nossa gigante e enferrujada "máquina" pública. Não se diminui a burocraia, para dar emprego a milhões de inúteis burocratas, isto nos níveis federal, estadual e municipal, com suas mamatas mil. Vejam: Não estou falando dos barnabés, dos professores em sala de aula, de médicos e enfermeiros, só para ficarmos nestes exemplos, mas dos tubarões do serviço público, como parlamentares e juízes, e dos milhares de carfgos de confiança que infestam o serviço dito público, com os infindáveis vírus de corrupção. Aliás, é por essas e outras que o sonho de muitos jovens hoje é ser barnabé. De qualquer empreguinho no serviço público. O empreendedorismo é baixo porque, dentre outras coisas, para abrir uma pequena empresa no país , haja tempo e burocracia. E, paradoxalmente, para fechar também.
INFORMALIDADE
Muitos da nova classe média ascenderam através da informalidade, e até mesmo do contrabando, pois em inúmeros casos só sobrevive quem sonega. Daí as altas taxas de sonegação. Também, é na informalidade que se encontra, digamos nosso capitalsimo mais selvagem, pois se trabalha muito, sem os direitos nem a qualificação necessária, como nos empregos formais.
POLÍTICA
Estas novas classes médias, que subiram na vida com um enorme esforço tende e ter uma verdadeira ojeriza à corrupção, ainda mais generalizada, como estamos vendo atualmente. E esta nova classe média deve pressionar politicamente para que as coisas mudem. Se fosse Dilma, peitaria todos pelas reformas política e administrativa. Se conseguisse pelo menos parte das mudanças, já ficaria na história. Mas ela tem preconceito ideológico contra as privatizações e mudanças que as esquerdas sempre tacharam de "neo liberais". Uns "neo bobos", como diria Fernando Henrique. E não fazem, porque não sabem o que querem. Por isso, vão empurrando com a barriga, como estamos vendo até agora. A conta disso tudo virá para as próximas gerações. Quem viver verá.
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