Itamar Franco, um dos poucos remanescentes da luta contra a ditadura ainda na ativa, morreu de leucemia aos oitenta e um anos. Destacou-se como presidente da transição, digamos assim, depois do impedimento de Collor, de quem era vice. Homem honesto, de temperamento explosivo, abriu a possibilidade de implantação do histórico plano real, que, dentre outras coisas, estabilizou a inflação, iniciando o processo de reorganização da economia brasileira com as reformas estruturadoras iniciadas pelo seu ministro da economia, Fernando Henrique, e paradas há oito anos de governo petista.
TRAPALHADAS
Foi um presidente meio trapalhão, temperamental, que proporcionaria momentos hilários do folclore político nacional, como no caso da carraspana que tomou no carnaval carioca, com modelos de terceira, e ainda por cima seminuas, sendo fotografadas sem calcinhas. Iniciou o processo de abertura da economia com o início do plano real, mas sempre teve arroubos nacionalistas, depois brigando com Fernando Henrique. Notabilizou-se também pela volta do fusca, numa nebulosa operação que envolveria lances de isenção fiscal favorecendo a volkswagen brasileira. Foi um presidente honesto que não se meteu em casos de corrupção, e, como no caso de Fernando Henrique, sabia delegar poderes.
LULA E ITAMAR
Lula e o PT, ameaçaram expulsar Luiza Erundina, porque a mesma assumiu um ministério no governo Itamar. Para Lula e o PT, Itamar fazia parte da corja de políticos picaretas que infestavam o Brasil, e o PT, puro que era, não poderia se sujar com eles. Hoje beija a mão de figuras como Sarney, Renan Calheiros, e o próprio Collor. E quase briga com a presidente querendo manter um corrupto indicado por ele no ministério. É. O tempo é o senhor da razão, e a história é, implacável.
No seu curto governo, fez-se mais pelo Brasil do que em 9 anos de trapalhadas dos amadores petistas. Não é verdade, professor?
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