quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

REFORMA AGRÁRIA


REFORMA AGRÁRIA

Segundo o grande historiador marxista Eric Hobsbawn, a única reforma agrária que deu certo foi a capitalista, iniciada na Inglaterra em fins do século XVIII. Foi quando a agricultura ficou realmente volrada para o mercado. No início, a concentração de terras nas mãos de empresários, trouxe convulsões sociais, com o desordenado processo de urbanização. Milhões de camponses, à força, tornaram-se proletários, ou prestadores de serviços nas grandes cidades em processo de formação. Com o desenvolvimento capitalista, a urbanização trouxe para os seres humanos mais liberdade, seja de participação política, como de ascensão social e econômica. Milhares tornaram-se capitalistas, ou mesmo tiveram ascensão dentro dos quadros técnicos que surgiam, não só nas empresas, como também no estado, com sua crescente burocracia, modernizada em meados do século XIX com o desenvolvimento capitalista, sobretudo na Alemanha, na época recém unificada.  Com a urbanização a mulher começava a se libertar, depois de milênios de inteira dominação pelo patriarcalismo agrário até então dominante.

EMPRESA AGRÍCLA

Com a introdução do capitalismo na agricultura, realmente a mesma se modernizou, buscando novas técnicas para melhorar a produtividade, aumentando,  a médio e longo prazo as áreas plantadas, baixando o preço da comida patra toda a população, e também exportando comida industrializada, ou seja enlatadas. Depois da Europa, com a modernização de suas fazendas, inclusive no leste europeu, foi a vez dos então jovens Estados Unidos incrementarem a agricultura com a mecanização. Como por lá, no século XIX, a mão-de-obra era escassa e, portanto cara, eles aumentaram significativamente a produção, também com a conquista de novas terras para tal empreitada. O Brasil prosseguia com a agricultura movida a escravos. Muito lucrativa, porém dispendiosa pelo aumento constante do preço dos escravos, sobretudo depois da proibição da Inglatarra em meados do século, e a baixa produtividade, agravada pela grande mortalidade dos cativos.

AGRICULTURA FAMILIAR

Com o desenvolvimento do capitalismo, a concentração de terras foi aumentando. Hoje a agricultura de pequeno porte ainda subsiste com a ajuda de dinheiro púiblico, como é o caso da Europa, onde, calcula-se, o subsidio à agricultura chega a mais de quinhentos bilhões de euros anualmente. Aliás, o Brasil briga contra o subsídio há décadas nos fóruns internacionais.
Não só por parte dos europeus, mas também dos norte-americanos.

BRASIL

No Brasil, a população urbana já é mais de oitenta por cento. Nossa revolução agrícola, deu-se por volta dos  anos sessenta do século XX, quando descobriram as potencialidades do cerrado para a agricultura. Decerto, desde a colonização que o Brasil era um país agrícola. Com a introdução do cerrado, colonizado pelos gaúchos essencialmente, a agricultura nacional modernizou-se. Hoje o Brasil é um dos grandes exportadores de comida, e o único país que pode ainda dobrar a área plantada.  Os pequenos produtores devem ser assistidos pelo governo, pois é baixa a produtividade e o nível de mecanização, ou seja, baixa tecnologia, sobretgudo na região nordeste.

GASTANÇA E INUTILIDADE DA REFORMA AGRÁRIA

Sai muito caro o governo assentar famílias. E o resultado pífio. Estudos do governo indicam que no nordeste, mais de setenta por cento dos assentamentos rende menos do que um salário mínimo. Isto quando não abandonam as terras, e apesar da disponibilidade do crédito. No sul, mais de setenta por cento das famílias conseguem uma renda um pouco maior do que o salário mínimo, mas a pobreza persiste. Sairia nais barato subsidiar essa gente, pois um lotemento custa, em determinadas áreas, para o contribuinte, mais de setenta mil reais. E o MST, quer fazer a revolução socialista nacional a partir do campo, destruindo nossa agricultura moderna.  Os atuais denominados sem-terra, são na verdade, membros do velho lumpesinato, pessoas sem eira nem beira, deslocados e excluídos de quase tudo neste país, dirigidos por militantes supostamente revolucionários. Deve-se ter políticas públicas para estas pessoas, sobretudo ligadas à educação, e claro, não deixar que elas morram de fome. Mas não distribuindo terras. Sai caro, e é contraproducente, digamos assim. Por isso, membros do próprio governo petista querem mudar os paradigmas, pois como sabemos, um movimento como mo MST, não é só arcaico, como politicamente retrógado e reacionário, pois quer transformar o país numa ditadura stalinista, coisa impensável no mundo contemporâneo.    

2 comentários:

  1. O governo levou muito tempo para perceber o óbvio: a maioria dos assentados sobrevive devido às cestas básicas. Não se autossustentam. Pra quê essa reforma agrária que não dá resultado? Por que defender esse modelo ineficiente e oneroso para o contribuinte? Por que o governo financia e ampara um grupo sem existência jurídica e criminoso como o MST, que é inatingível legalmente já que é inexistente perante as leis?

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  2. Interessante sua visão, cara. Sabia o que é mais interessante.:

    Você sabia que o Hobsbawn (sim, o próprio que você diz ter dito que a Reforma Agrária só deu certo na Inglaterra, e isto o que você cita na Inglaterr não foi Reforma Agrária, mas sim o fenômeno dos cercamentos, que é algo bem diferente desta última) deu uma entrevista você sabe pra quem? Pro MST!!! Sim, isso mesmo!! Pro MST, e acho que ele não concorda muito bem com aquilo que você fala.

    Vou colocar o link aqui pra você dar uma olhada e se informar melhor: http://www.mst.org.br/revista/50/destaque

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