segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Fator Cunha em 2017 – Leandro Colon



- Folha de S. Paulo

Atordoados com a delação premiada da Odebrecht, o presidente Michel Temer e assessores deveriam se preocupar também com Eduardo Cunha, um antigo aliado e companheiro de tratativas sigilosas com executivos da empreiteira.

Pessoas próximas do ex-deputado veem na decisão do juiz Sergio Moro de transferir Cunha da carceragem da Polícia Federal em Curitiba para uma penitenciária comum um fator de pressão psicológica para que ele tope delatar, hipótese considerada remota até poucos dias atrás. Sua defesa foi contra a remoção. Pediu que ele ficasse até fevereiro na PF.

Aos raros aliados que lhe restam, Cunha sinalizou que, no caso de ir para um presídio, em condições espartanas e regras de visita rígidas, as chances de negociar delação crescem. Sobretudo porque se esgotam as tentativas de soltura — o STJ negou nesta sexta (16) habeas corpus.

Nas palavras de um amigo, o cálculo do peemedebista é de curto prazo, de semanas, porque o ex-deputado avalia que seu poder de fogo depende da força do governo de Michel Temer: quando mais fraco estiver, menos peso terá uma delação.

Temer vive hoje o pior momento no Planalto desde que assumiu. Anunciou um catado de medidas microeconômicas até relevantes, mas que estão longe de tirar o país da recessão. Sua popularidade despenca ladeira abaixo, segundo pesquisas.

A possibilidade de Cunha implicá-lo na Lava Jato em 2017 deve causar temor de iguais proporções das delações da Odebrecht já reveladas.
Reportagem de Marina Dias e Bela Megale, na Folha, mostrou, por exemplo, o que estava por trás da pergunta de número 34 das 41 que Cunha fizera ao presidente, arrolado como sua testemunha de defesa.

Cunha mandou recado, expondo reunião com Temer, um lobista e um ex-executivo da Odebrecht. Em um presídio, poderá transformar mais perguntas em relatos de supostas participações do presidente e de aliados em outros episódios nebulosos.

Um comentário:

  1. Finalmente as denúncias saíram do colo da Dilma e do Lula e caíram pro terra no colo do Michel Temer, o traidor.conspirador,usurpador,etc.

    A meta foi derrubar a Dilma e depois sangrar essa operação lava jato.Quando Aécio Neves afirmava que o PT é uma organização criminosa cometeu erros e falhas grosseiras.

    Quem mandou neste país desde 1985 com Sarney até a Dilma foram exatamente os empresários e empreiteiros.

    Ganharam,ganham e ganharão todas as licitações públicas.Todo o dinheiro público se voltam para eles.E o que fizeram? Financiaram todas as grandes campanhas políticas dando dinheiro para os políticos comprarem o povo.

    Aguenta Michel Temer com o teu PMDB chupa cabra e sanguessuga que nunca quiseram mudar nada no Brasil.

    O PMDB do senado votou contra a PEC da legalização do PMDB do Eduardo Cunha.Esse monstro usou o nome de Deus e dos Evangélicos para roubar a nação brasileira.Olhe aí o Rio de Janeiro Quebrado.

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